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Não basta ser pai ou mãe

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Publicado em 06/03/2017, às 13h12 - Atualizado às 13h12 por Ligia Pacheco


Neste carnaval optamos pela alegoria da natureza e pelo bloco dos grilos, cigarras e agregados. O lugar era lindo, o hotel charmoso e agradável e quase não havia conexão com internet o que facilitou a nos conectarmos ao real que estava mais do que perfeito. Lugar lindo para caminhadas, banhos, conversas, deitar na rede e ouvir aquele silêncio barulhento que só a natureza é capaz. Mas logo vi algumas crianças pequenas. Eu amo as crianças e as acho incríveis. Mas ultimamente tenho me incomodado, não por elas, mas pela educação que recebem.

E já as imaginei correndo pelo restaurante, fazendo birras, jogando areia para todos os lados, gritando enlouquecidamente. E, logo vi uma criança de 3 anos a agir tal qual eu havia imaginado. Mas, quebrei a cara, pois imediatamente, o pai a chamou e com calma lhe disse: “Manu, aqui é um lugar onde as pessoas vem para descansar e precisamos respeitar isso.” A menina entendeu e, sem deixar de ser criança, pelos quarto dias consecutivos, tanto ela quanto as outras crianças foram encantadoras. Isso! Não basta ser pai ou mãe. Tem que ensinar a criança a perceber o ambiente, a ser um ser-social, a conviver em harmonia.

Mas, fiquei a observar as famílias e a pensar no quanto o ambiente interfere nas relações. Era um hotel isolado, sem monitores agitados, sem quadras ou grandes complexos aquáticos. A natureza era o seu grande recurso e aliado. Com isto, os pais ficavam cem por cento do tempo com os filhos. Exploravam as tantas aprendizagens que dificilmente acontecem na cidade grande e brincavam com eles. Convivência! Quão importante é. Além disso, o lugar tranquilo parecia desestressar os pais que se relacionavam com doçura, sem deixarem de educar. As crianças ficavam mais calmas e perceptivas. E, no restaurante, graças a falta de internet, via-se os pais conversando demoradamente entre eles e com os filhos. Todos, sem pressa, aproveitando-se daquele tão rico momento.

Mas como manter a tranquilidade ao voltar para a realidade da cidade grande, das agendas enloquecidas, da falta de tempo para tudo, do cansaço e do estresse que a rotina vai produzindo e acumulando?
Tomando consciência e exercitando. Respirar e não deixar se contaminar pela correria. Priorizar mais tempo com o filho e buscar fazer, sempre que possível, algo fora da rotina. Educá-lo com firmeza, mas sem perder a doçura. Afinal, generosidade gera generosidade, assim como tensão gera tensão. Manter pelo menos uma das refeições sem pressa, sem celulares na mesa, onde cada qual pode contar do seu dia, das suas vitórias, medos, alegrias ou angústias. Valorizar o tempo e o espaço em família. Ser apoio e dar orientação respeitando o diálogo. Ensinar a respeitar a diversidade, o entorno, a própria vida e a vida alheia começando pela e na família. Construir em conjunto um ambiente harmônico onde cada um possa se sentir parte importante e responsável por ele.

Tudo isso se aprende vivendo e, portanto, se ensina em vida. Não basta ser pai ou mãe. É preciso ser pai. É preciso ser mãe. Tenha um feliz dia


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