Publicado em 02/12/2021, às 10h21 por Gisela Wever
E não é que o fim do ano já chegou? Depois de mais um ano de pandemia, quarentena, medos, inseguranças, nossas crianças se ressentiram através do isolamento social, longe dos seus avós e amigos e tendo aulas pela internet… E agora finalmente estamos retomando nossas vidas antes desse vírus que acometeu o mundo.
As aulas voltaram, e agora são 100% obrigatórias presencialmente para a maioria das escolas e faltando pouco tempo para terminar o ano letivo, muitos acham que poderia ter esperado até o final do ano, porém nossas crianças estavam entediadas de ficar em casa e não viam a hora de retornar, queriam encontrar os amigos, professores, estar em contato com a turma, brincar e aprender e não mais através da tela de um computador.
Durante esse tempo de confinamento, as crianças ficaram expostas direta ou indiretamente as repercussões da pandemia sujeitas a modificações estruturais na vida, tais como: isolamento social; restrição do convívio social com familiares e amigos; mudanças na rotina escolar com redução da socialização, o que pode gerar modificações de humor, sintomas de estresse pós-traumático, depressão ou ansiedade, destacando-se ainda as crianças em luto pelos familiares.
De acordo com uma revisão literária realizada pela Universidade de Brasília e a Faculdade de Medicina Unb, foi constatado a incidência de prejuízos à saúde mental assim como desordens no comportamento infantil. Dessa forma, fica evidente os possíveis impactos ao desenvolvimento infantil e a importância do cuidado às demandas infantis emergidas pela pandemia.
Irei citar aqui algumas alterações da psicologia infantil marcadas por estresse psicológico, ansiedade, medo e preocupação que têm acentuando ou feito surgir adversidades funcionais ou comportamentais nas crianças como apontam os dados do Comitê Científico Núcleo Ciência pela Infância: dificuldade de concentração – desatenção 32%, alteração no padrão de sono 21%, da alimentação – falta de apetite 18%, maior apego aos pais ou aos responsáveis – dependência excessiva dos pais 36%, pesadelos 14%, preocupação 29%, desconforto e agitação 13%, além do que temos observado como irritabilidade, solidão, tédio e maior tempo de exposição às telas.
Se seu filho estiver apresentando algum desses sintomas é muito importante oferecer cuidados para amenizar e prevenir o impacto das implicações da pandemia no seu desenvolvimento, observar o modo como ele está se expressando emocionalmente e como está a rotina e o seu comportamento, pois isso vai implicar no desenvolvimento em curto ou longo prazo. É importante destacar que o desenvolvimento infantil depende de vários fatores como: o ambiente onde esta criança está inserida, a natureza psicossocial e emocional e a maturação do sistema nervoso central.
Segundo a OMS, o desenvolvimento infantil é a dinâmica que vai da concepção que abrange inúmeros aspectos, desde o “crescimento físico, maturação neural, comportamental, cognitivo, social e afetivo da criança”. Vale ressaltar que as crianças menores de três anos são mais vulneráveis no aspecto do desenvolvimento global infantil devido ao cérebro estar rapidamente amadurecendo com novas sinapses e conexões. Por isso a importância em nos atentarmos e compreendermos como é a vida dessa criança, sua rotina e como tem sido afetada direta ou indiretamente durante a pandemia.
As implicações da pandemia do COVID-19 na saúde mental e no comportamento das crianças. Ingrid Ribeiro Soares da Mata
“Behavioral and emotional disorders in children during the COVID-19 epidemic.”. Jiao WY, Wang LN, Liu J, Fang SF, Jiao FY, PettoelloMantovani M, et al., 2020
“O uso intensivo da internet por crianças e adolescentes no contexto da COVID19 e os riscos para violências autoinflingidas.”2020. Deslandes Suely Ferreira, Coutinho Tiago.
“Manual de vigilância do desenvolvimento infantil no contexto da AIDPI.”2005. Figueiras AC, Souza ICN, Rios VG, Benguigui Y. Organização Panamericana de Saúde
OMS – Organização Mundial de Saúde
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