Publicado em 21/03/2023, às 07h44 por Geovanna Tominaga
Em qualquer tipo de maternagem, uma coisa é fato: os filhos crescem e as perguntas difíceis começam a sair das boquinhas como lavas quentes de um vulcão em erupção. Eu já esperava por isso, mas não sabia que os questionamentos iniciariam tão cedo. Gabriel só tem três anos, mas já nos presenteia com perguntas do tipo: “Mamãe, quem é o menino Jesus? O que a mamãe do céu e o papai do céu fazem? Deus é todo mundo?”.
Mas essas não foram tão difíceis, não. Esta semana, estávamos passeando pelo shopping em busca de uma mochila escolar do personagem do desenho favorito dele. Andamos uma maratona pelos corredores cumpridos do empreendimento. Meu pedômetro somou quase cinco mil passos e nada de encontrar a tal mochila do personagem. Depois de arrastar o meu pequeno pelos braços a manhã toda, ele já estava desanimado, pedindo colo. O que uma mãe desesperada faz? Apela para o celular. “Filho, a mãe vai comprar na internet. Não tem em loja nenhuma, mas na internet vai ter!”.
Até agora eu me pergunto, por que eu fui dizer isso??? Vi o rostinho dele se transformar na mesma hora. Era um cansaço misturado com alegria e empolgação. “Mamãe, vamos lá na internet buscar minha mochila”. Pronto, a bagunça estava armada. Eu juro que eu dei o meu melhor tentando explicar pro Gabriel onde ficava a internet.
Cada vez que eu apontava pra tela do celular, dizendo que a internet estava ali dentro, ele respondia: “Então vamos lá, mamãe”. Agora dá até vontade de rir, mas naquele dia eu queria mesmo sentar e chorar. Como explicar pra uma criança de três anos de idade onde fica a internet? Que não é um espaço físico, que não dá pra ir até lá buscar o produto? Pior! Que é um lugar onde tem qualquer produto do mundo ao alcance de um clique, mas que tem que esperar alguns bons dias pra chegar na sua casa? A mãe desesperada até paga mais caro pela entrega express em 3 dias…ÚTEIS!
Até parece uma besteira, certo? Mas você consegue entender a dificuldade da criança em compreender algo tão intangível? O sofrimento, pelo contrário, é concreto. Gabriel chorou muito naquele dia. A frustração em não poder carregar a tão sonhada mochila nas costas, misturada com a incapacidade de compreender o subjetivo, mais o cansaço do dia, levou meu filho a exaustão emocional.
Não consegui seguir com o planejamento do passeio. Peguei meu pequeno no colo e segui pro estacionamento. Gabriel dormiu no carro no caminho pra casa. Nós, pais e mães, temos a função de traduzir o mundo aos nossos filhos. Nossas respostas tem o propósito de ensinar, mas também de confirmar e assegurar a percepção dos pequenos.
Dessa forma, damos sentido às inquietações cognitivas e afetivas dos nossos filhos. Curiosidade e criatividade andam juntas. Devemos dar importância a todo tipo de pergunta e praticar a escuta ativa. Durante a infância, não existe resposta certa ou errada, e vai depender do nível de compreensão da criança. É importante que o adulto deixe espaço para que os pequenos construam e reconstruam as suas próprias hipóteses.
Afinal, nós queremos criar indivíduos independentes, certo? Fiquei pensando quantas perguntas difíceis eu ainda terei que responder ao meu filho: Vida, morte, religião, sexualidade, questões sociológicas, existenciais, relacionamentos e tantas outras. Neste caso, infelizmente, a resposta não está disponível na internet.
A chegada de um filho significa uma nova rotina, saiba como familiares e amigos podem te ajudar nesse processo:
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