Publicado em 19/02/2024, às 11h10 por Nicole Berndt
Esses dias compartilhei uma dica provocativa nas redes sociais da Casa Sem Lixo. Como fazer boas escolhas na hora das compras? Gravei um vídeo direto da seção de hortifruti, dentro de um supermercado, onde me deparei com aquela área, cada vez maior e mais comum, de frutas picadas no pote.
Eram centenas de potinhos plásticos e, a tentação de levar sua fruta favorita pronta pra comer. Perfeito! Bom, sei que na rotina corrida que grande parte das pessoas escolheu viver, esse tipo de “produto” ou “serviço” pode parecer uma excelente opção - especialmente se você quer evitar industrializados.
Não era exatamente esse o objetivo do vídeo. O que eu queria trazer era uma reflexão maior.
A vida caótica e corrida que está posta, pode ser mesmo muito tentadora. Os desafios no trabalho. A necessidade de ter as contas pagas no final do mês. Múltiplas opções de lazer e coisas que desejamos viver/ter! Não dá tempo de fazer, nem de ser tudo o que “poderíamos” ou, pelo menos, que dizem que deveríamos. Questione-se. Estou fazendo isso enquanto escrevo. Como é o meu estilo de vida hoje? Qual é o jeito que eu realmente quero viver?
Quem sou eu pra ditar o que cada um deve ou não fazer. Quando penso numa casa ou vida “sem lixo”, penso que há de se questionar, e muito! A prateleira de frutinhas picadas pode ser vista por vários ângulos. Inclusive nos comentários do vídeo postado (assista AQUI), são tantas opiniões diferentes… (Algumas assustadoras!).
Há quem realmente não queira mais (ou não tem tempo - escolhas!) picar suas próprias frutas. “Eu compro mesmo”. “Se eu posso pagar, por que não?”. “Pronto falei!”. Outros não estão dispostos a pagar, ou tamanha facilidade nem caiba em seu orçamento. "Coisas de uma elite preguiçosa!”. “Sou mesmo!”.
Muitos não consideram higiênico. “Sabe-se lá como foram manuseadas, cortadas… Nem pensar!”. “São nojentas”. Uma boa parcela entende que tratam-se de frutas quase “passadas”, que estão prestes a estragar. Para “se livrar” delas os supermercados embalam e ainda cobram mais por isso. "Puro capitalismo”.
Há quem enxergue as frutas no pote como boa opção para pessoas com problemas de mobilidade ou deficiências (essa é uma das minhas opiniões - sou uma incurável esperançosa!). “Elas podem ajudar esse público”.
Independente de qual seja sua opinião, meu objetivo ao criar o conteúdo era promover uma troca, em relação ao nosso estilo de vida: não temos tempo nem para picar nossas próprias frutas! Sério…
E o que se faz com as toneladas de plástico geradas com este tipo de consumo? Pra onde vai todo esse plástico, uma vez que reciclamos apenas de 2 a 3% de tudo que poderia ser reciclado? Sem contar o plástico que estamos literalmente comendo! Ui!
Eu provoquei e mandei a maioria das pessoas descascar seu próprio abacaxi. Resultado: muitas pessoas não gostaram. Mas, a maioria delas não leu a legenda do vídeo, onde explico brevemente o “meu ponto”. A verdade é que, no fim das contas, cada um escolhe as batalhas que vai lutar no seu dia-a-dia.
Pode ser que: para ter uma alimentação mais saudável, evitar o plástico, assim como ingerir frutas de procedência duvidosa, você acorde mais cedo e coloque a sua fruta devidamente cortada e higienizada por você mesmo, num pote térmico - que você investiu, porque sabe que esse é o tipo de lanche que aprecia.
Mas, calma lá! Quem foi que disse que, no meio de um dia insano, cheio de imprevistos, você não pode preparar um lanche para o seu filho, com as frutas picadas do mercado? Por que não? Ou… Você não tem mesmo condições físicas para cortar frutas. Que alegria saber que em 2024 esse não é mais um problema difícil de resolver!
São tantas as batalhas… Meu ponto é: a seção de frutas picadas vai continuar crescendo e aumentando, quanto mais “corrermos" e vivermos no “piloto automático”.
Vamos continuar respirando, ingerindo e encontrando microplástico em nossa corrente sanguínea, mais e mais… Enquanto não repensarmos nessas escolhas diárias. Enquanto não delimitarmos um diálogo mais próximo e assertivo com nossos prestadores de serviços. No final das contas, sou eu e você quem escolhem!
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