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A força dos pratinhos na vida das mulheres

O livro Vida de Equilibrista traz a representação dos diversos pratinhos que as mulheres precisam lidar na rotina - Divulgação
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Publicado em 08/02/2023, às 12h47 por Cecilia Troiano


Quando lancei meu primeiro livro, Vida de Equilibrista: dores e delícias da mãe que trabalha (Cultrix, 2007) não imaginava que a imagem que ilustra a capa, dos vários pratinhos girando na mão de uma mulher, fosse ser tão poderosa. Tampouco que virasse uma linguagem com a qual muitas mães se identificariam e passassem a adotá-la como forma de explicar suas vidas. Nem sempre a gente acerta na escolha da capa, mas nesse caso, orgulhosa, afirmo com certeza, foi um golaço. Divido esse mérito, do nome do livro, com minha editora, Maggi Krause, e da ilustração da capa com Ivy Miranda, duas parceiras geniais.

Livro Vida de equilibrista de Cecília Troiano
O livro Vida de Equilibrista traz a representação dos diversos pratinhos que as mulheres precisam lidar na rotina (Foto: Divulgação)

Afinal, onde acertei? E, mais do que isso, por que após 16 anos, ela ainda segue relevante? Diz o provérbio que “uma imagem vale mais do que mil palavras”, o que é uma grande verdade. Pensem como apreendemos o mundo prioritariamente pela visão. Um quadro da Tarsila, a beleza da cor de um pôr do sol na praia ou o brilho do sorriso de uma criança. Todas essas visões têm o poder de criar memórias e ficar registradas em algum lugar em nossas mentes. Mas nem todas as imagens viram memórias, acho que nem temos “HD” mental para a inundação de imagens a que somos submetidos todos os dias.

Voltando à minha pergunta, o que fez da imagem da capa da mulher equilibrando pratinhos ser tão poderosa, meu palpite é que ela representa uma metáfora perfeita de como nós nos sentimos como mulheres, tendo que lidar com nossos múltiplos papéis, de mãe, esposa, profissional, amante etc, etc, etc. Como todos se lembram, metáforas são figuras de linguagem usadas para mostrar semelhança entre dois elementos. Estamos acostumados a pensar em palavras como metáforas e usamos intensamente esse tipo de vocabulário no nosso dia a dia. Por exemplo, quando falamos, estou com tanta fome que comeria até um boi, ou esse abacaxi é um mel. Ninguém comerá o boi inteiro, mesmo que esteja com toda a fome do mundo, nem o abacaxi mesmo muito doce não é mel. Mas fica a ideia de muita fome e de muito doce.

A imagem da capa do meu livro somada ao título consegue, de forma bastante única, traduzir tudo aquilo que sentimos em nossas vidas com os muitos papeis que desempenhamos. É como se fossemos mesmo equilibristas, cada pratinho representando algo que fazemos todos os dias. O pratinho da maternidade, o pratinho do trabalho, o pratinho que quer ter a saúde em dia e ir à academia, o pratinho que precisa sair com as amigas…. Muitos pratinhos, todos rodando ao mesmo tempo, fazendo força para se equilibrar, sem deixar cair nenhum. E não é assim mesmo como nos sentimos?

Outra coisa que vale a pena discutir é a força de uma imagem e como imagens povoam nossas vidas de formas que nem nos damos conta. Quando sonhamos, algumas vezes acordamos assustados ou felizes ao nos lembrarmos das imagens do sonho. O que fica dos sonhos é a imagem, o dragão, a flor, o trovão, seja lá o que tenha aparecido via nosso inconsciente. Agora, imagine o cheiro do pãozinho saindo do forno, sem vê-lo. O que acontece é que imediatamente traduzimos esse cheiro numa imagem em nossas cabeças, já colocando manteiga, o pratinho, o café que acompanha e toda a cena deliciosa está montada. Um cheiro que se converte em imagem. E lembrem-se que pedi para imaginarem, imaginar já tem imagem na própria palavra.

Recorrendo à Psicologia Analítica, linha a que dedico a estudar, as imagens são a linguagem básica da psique, expressando tanto conteúdos conscientes quanto inconscientes quando são consteladas. A imagem da capa, de uma mulher equilibrando os vários pratinhos, acho que pega “na veia”, conseguindo representar nossos desafios, emoções, altos e baixos de nossa vida de equilibrista. Nada precisa ser dito, a imagem nos representa, conscientemente ou não. Esse é o poder dessa capa. Concordam?

Diário de bordo: tudo o que rolou na nossa viagem com a MSC Seashore


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