Publicado em 26/05/2013, às 21h00 por Cecilia Troiano
É inegável como é bom estarmos conectadas a tudo e o tempo todo. Saber onde nosso filho está, avisar que chegaremos atrasadas em casa, conectar-se de qualquer parte do planeta. Certamente um bônus e tanto da vida moderna. Fico imaginando como conseguíamos viver sem todos os “gadgets” que nos cercam hoje.
Mas…, sempre tem um ‘mas’ para atrapalhar a vida moderna. O mas é que essa parafernália digital tira boa parte de nossa espontaneidade e, pior do que isso, rouba nossa paz de espírito. Já reparam como é chato ser interrompida inúmeras vezes, em pleno almoço com uma amiga querida, por causa de uma chamada de celular? Sente aquele desespero se não checa sua caixa de e-mail, Facebook ou as últimas fotos do Instagram? Fica em pânico se vai para uma praia e não tem acesso à internet nem seu celular pega? Pois é, vivemos esse dilema: amamos e ao mesmo tempo odiamos todos os nossos companheiros digitais. Os mais jovens nem sequer sonham em imaginar suas vidas sem esses equipamentos. “Mãe, como você sobrevivia sem celular e sem computador?”, certa vez perguntou-me meu filho. Não era nada fácil mesmo! Apesar de tudo, o celular e toda essa infinidade de gadgets tecnológicos são hoje indispensáveis.
Mas, tudo tem um preço. Em uma pesquisa realizada nos EUA, intitulada “21st Century Mobile Mom”, os dados confirmam essa relação umbilical entre mães e smartphones. Lá, a adoção de celulares com mais funcionalidades cresceu 64% desde 2009, quando a última edição da pesquisa foi realizada.
Mais da metade (51%) das mulheres ouvidas declaram-se viciadas em seus smartphones e 53% afirmam que resolveram comprar o smartphone após o nascimento dos filhos. “A tela do smartphone é o meio mais íntimo que temos hoje. As mães dormem com o celular ao lado da cama e a primeira coisa que fazem ao acordar é checá-lo. Eu não sou diferente. Meu celular me acompanha na cabeceira da cama, à espera de uma possível chamada da minha filha que mora for a do país.
Para as mães que trabalham fora, notebooks e smartphones ganham valor extra. Significa ter a sensação de que expandimos nossa presença física, mesmo à distância. Com um smartphone na mão, estamos em casa e no escritório ao mesmo tempo. É estar em casa quando estamos na empresa. É estar na empresa quando estamos em casa. Para o bem e para o mal, é assim que acontece com muitas mães.
Não quero pregar o fim do uso de celulares, muito pelo contrário! Mas refletir sobre seu uso é fundamental para termos uma vida de qualidade com nossas famílias. Que tal termos, todos os dias, um momento para apertar o OFF do celular e o ON na vida em família?
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