Publicado em 01/04/2022, às 11h24 por Helena Leite, filha de Luciana e Paulo
Um levantamento feito pela Seduc (Secretaria da Educação do Estado de São Paulo) em parceria com o Instituto Ayrton Senna chegou em um resultado preocupante. O levantamento, que foi divulgado nesta semana, mostrou que 7 em cada 10 estudantes da rede pública estadual apresentaram sintomas de ansiedade e depressão durante a pandemia de Covid-19.
Para chegar no resultado, o estudo contou com 642 mil alunos que participaram do Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo). A pesquisa tornou possível analisar a evolução do desenvolvimento de competências socioemocionais durante a pandemia.
Dentre os alunos que participaram da pesquisa, um em cada três afirmou que sentiu dificuldades em se concentrar no que é proposto na sala de aula. Outros 18% disseram se sentir totalmente esgotados e sob pressão e 18,1% disseram que perderam totalmente o sono pelas preocupações. Já 13,6% alegaram que perderam a confiança em si mesmo. Sinais que são ligados à ansiedade e depressão.
Vale ressaltar que as competências socioemocionais são organizadas em cinco macrocompetências: abertura ao novo, autogestão, engajamento com os outros, amabilidade e resiliência emocional.
Quando o momento de tensão se torna excessivo, contínuo e traz outros sintomas na bagagem, há indicativos de que algo não vai bem na rotina da criança. “Um exemplo é a queda do rendimento escolar, mudanças nos hábitos alimentares, quando há queixas de enxaqueca e também dores que não tem uma causa física”, explica a psicóloga Dra. Ana Gabriela Andriani, mestre e doutora pela Unicamp, filha de Claudilene e Delfino. Além disso, é importante ficar de olho também em:
O primeiro passo para tranquilizar a criança durante uma crise de ansiedade é manter a calma, pois desta maneira, naturalmente seu filho passa a ficar menos nervoso ou inseguro. A Dra. Ana Gabriela Andriani recomenda ainda que os pais não julguem ou briguem, mas sim que procurem entender o que aconteceu.
“É muito importante os pais mostrarem que estão presentes e prontos para ajudar e tentar entender o que a criança está sentindo. No geral, as crianças não sabem identificar os sentimentos, mas quando a família auxilia na compreensão, elas se acalmam”, comenta a especialista.
É essencial ainda mostrar para a criança que a crise de ansiedade vai passar. Mas, é recomendado que os pais procurem a ajuda de um psicólogo se o problema passar a acontecer com cada vez mais frequência e começar a atrapalhar a rotina da criança.
Apesar de existirem vários tipos diferentes de ansiedade, a psicóloga listou os mais frequentes. São eles:
Questões de saúde mental não ocorrem devido a situações triviais, como um menino estar deprimido porque ele tem que limpar seu quarto. Em muitos casos, as causas de depressão, ansiedade e outros problemas são uma combinação de diferentes fatores, como saúde física, traumatismo da vida, meio ambiente e até mesmo história familiar e genética.
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