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7 erros de disciplina que todos os pais e mães cometem

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Publicado em 24/09/2016, às 10h01 - Atualizado em 26/09/2016, às 16h18 por Redação Pais&Filhos


Existem padrões de comportamentos entre as crianças. Elas fazem a mesmas coisas quando estão cansadas, com fome ou de saco cheio. Depende dos adultos perceberem isso e ajustarem as situações de acordo, conforme explica Michele Borba, autora de O Grande Livro de Soluções para os Pais (em tradução livre).

Também não é difícil que os pais não percebam esses sinais e ignorá-los é um dos muitos erros de disciplina que são cometidos pelos adultos. Mas arrumá-los pode fazer uma diferença enorme na experiência como pai ou mãe. Veja os erros mais comuns de acordo com os especialistas.

Somos muito negativos

“Não bata na sua irmã!”, “Pare de puxar o rabo do cachorro”. O número de coisas que você diz ao seu filho para não fazer é infinito.

Como arrumar: Peça o comportamento que você quer ver. Ninguém quer criar uma criança que não entenda limites, mas “pais dizem ‘não’ com tanta frequência que as crianças acabam ficando indiferentes a isso – e a palavra perde poder”, explica Borba. Ainda, “nós frequentemente dizemos às crianças para não fazer algo sem que expliquemos o que elas deveriam estar fazendo”, afirma Linda Sonna, autora de O Livro Sobre Tudo da Criança (em tradução livre).

Então guarde as negativas para situações verdadeiramente perigosas (como: o garfo dentro da tomada ou seu filho comendo alguma planta) e foque em dizer à criança como ela deveria agir. Por exemplo, em vez de “Não fique em pé na baneira”, tente “Devemos ficar sentados na banheira porque é escorregadio”. Depois, quando ele estiver tomando banho sentado, como você disse, faça um elogio para reforçar o bom comportamento.

Esperamos demais dos nossos filhos

Você está sentada na igreja quando o seu filho solta um grito. No mesmo instante em que você fala para ele ficar quieto, ele faz de novo. Por que ele não ouve?

Como arrumar: Brinque de professor. Crianças muito pequenas ainda não desenvolveram o controle do impulso ou aprenderam as regras sociais que são requisitadas em locais públicos como lojas e restaurantes. “Os pais assumem que as crianças sabem mais do que elas de fato conseguem”, diz Sonna.

Quando o seu filho quebra uma regra, lembre-se de que ele não está tentando ser um chato – ele apenas não sabe como agir em determinada situação, então brigar não é eficiente (ou justo). Foque em mostrar ao seu filho como você quer que ele aja, dizendo suavemente coisas como, “Eu estou quieto porque estou na igreja, mas se eu precisar de alguma coisa eu vou me aproximar da pessoa e sussurrar”. Também mostre o que os outros estão fazendo (“Olhe como o Carlos está colorindo enquanto ele espera a comida chegar”). Crianças nascem como mímicos, então chamar a atenção para algo que queremos que elas façam ajuda bastante.

“Leva tempo e repetição para que as crianças aprendam a se virar sozinhas”, afirma Sonna, o que significa que você vai ter que lembrar o seu filho várias vezes – e tirá-lo do lugar caso ele não entenda a mensagem. Com o tempo, ele aprenderá a se comportar.

Nós modelamos o comportamento que não queremos ver

Quando você derruba algo, você grita. Um carro te fecha no trânsito e você o chama de algo rude. Mas então você fica bravo quando o seu filho reage da mesma forma quando as coisas não saem do jeito dele.

Como arrumar: Peça desculpas e comece do zero. Existe um efeito bumerangue no comportamento. Se gritarmos, nossos filhos provavelmente também vão, afirma Devra Renner, coautora de Culpa de Mãe. Sim, é difícil manter um comportamento perfeito o tempo todo, então peça desculpas caso você escorregue. “Emoções são poderosas e difíceis de controlar, mesmo para os adultos”, reforça Renner. Mas dizer “desculpa” demonstra que somos responsáveis por nossas ações.

Isso também cria a oportunidade de falar sobre o por quê de você ter agido de determinada forma e oferece maneiras apropriadas de responder às situações quando você está se sentindo frustrado. É  o que Deena Blumenfeld, de Pittisburgh, nos EUA, fez quando Owen, seu filho de 5 anos, protestou tanto sobre se vestir, que ela acabou gritando “Apenas cale a boca e se vista!”. Perceber que isso não era a forma como ela queria que o filho reagisse em uma situação similar, fez com que ela ajoelhasse, se desculpasse e então falasse sobre como é importante estar pronto na hora para a escola. Funcionou: Owen ficou pronto para sair calmamente depois disso.

Nós costumamos intervir simplesmente quando nossos filhos nos irritam

Você ouve os seus filhos perseguindo um ao outro pela casa e imediatamente grita.

Como arrumar: Ignore seletivamente. Frequentemente, pais sentem a necessidade de intervir todas as vezes em que as crianças fazem algo que é, bom, criancisse. Mas sempre ser o cara malvado é cansativo, ressalta Borba. Tenha em mente que crianças às vezes fazem coisas que são meio nojentas porque estão explorando novas habilidades. (Então pode colocar suco no cereal porque está aprendendo sobre líquidos). Outras vezes, elas estão procurando atenção. Quando se trata de reagir, a regra de Borba é: Quando a segurança não é um problema, tente esperar e observar. Se o seu filho de 6 anos estiver brincando com o tablet usando o nariz, tente não falar nada. Veja o que acontece se você continuar com o que está fazendo, como se nada estivesse acontecendo. Muito provavelmente, se você não responder, ele eventualmente vai parar – e você ficará mais calmo, tendo evitado uma situação de estresse.

Todos nós falamos muito e fazemos pouco

“Desligue a televisão… Estou falando sério dessa vez… Mesmo!”. Seu filho continua com o mau comportamento quando avisos vagos são dados, pelo mesmo motivo que você acende as luzes amarelas – não há consequências.

Como arrumar: Estabeleça limites e os siga. Se irritar, dar segundas chances e negociar dão a ideia de que a cooperação é opcional, explica Robert MacKenzie, autor de Estabelecendo Limites Com o Seu Filho Cheio de Força de Vontade (em tradução livre). Ensinar as crianças a seguirem regras, deixe as normas claras, então aja quando elas forem quebradas. Se você quiser que o seu filho, por exemplo, saia do sofá e vá fazer a lição de casa, comece com direcionamentos respeitosos (“Por favor desligue a televisão agora e faça seu trabalho”). Caso ele obedeça, agradeça. Caso contrário, dê uma consequência: “Eu vou desligar a televisão agora. Até que o seu trabalho esteja terminado, seus privilégios de assistir TV estão suspensos”.

Nós usamos o castigo para pensar de forma ineficiente

Quando você manda o seu filho de três anos para o quarto depois que ele bateu no irmão, ele começa a bater a cabeça no chão de raiva.

Como arrumar: Considere um tempo dentro. Um tempo fora é um castigo para pensar que significa uma chance para a criança se acalmar, não uma punição. Algumas crianças respondem bem à sugestão de que eles vão para um quarto quieto até que se acalmem. Mas outras veem isso como uma rejeição e isso as irrita ainda mais. Além do mais, isso não ensina às crianças como você quer que elas se comportem. Como alternativa, Sonna sugere um “tempo dentro”, onde você se senta em silencio com seu filho. Caso ele esteja muito chateado, abrace-o para que se acalme. Quando ele estiver relaxado, explique calmamente que aquele comportamento não é adequado. Você está bravo demais para poder confortá-lo? Tire um tempo para você, quando estiver relaxado, discuta com o seu filho o que você gostaria que ele mudasse no comportamento. você pode começar dizendo: “O que você pode fazer em vez de bater no seu irmão quando ele pegar o seu trenzinho?”.

Nós assumimos que o aquilo que funciona para uma criança funcionará para outra

A melhor maneira de lidar com a manha do seu filho é abaixar-se até a linha dos olhos dele e explicar como as ações dele precisam mudar. Mas então ele é mais agressivo e se recusa a escutar.

Como arrumar: Desenvolva uma caixa de ferramentas diversificada. É fácil culpar seu filho quando uma técnica de disciplina falha. Mas “você deve buscar o comportamento que deseja de diferentes maneiras com cada criança”, diz Avivia Pflock, coautora do livro Culpa de Mãe (em tradução livre). Enquanto uma criança responde a um lembrete verbal sobre o que é aceitável, outra pode precisar de uma consequência quando age de forma errada – como desconectar o videogame. Ser firme com uma criança e mais doce com a outra não é ser inconsistente; é sintonizar as diferentes necessidades e formas de aprendizado, Pflock garante. “A punição deve se adequar à infração – e à criança”.

Leia também:

6 problemas de comportamento do seu filho que você não deve ignorar

Traduzimos o que quer dizer cada comportamento do seu filho

Veja 12 dicas úteis sobre comportamento das crianças


Palavras-chave
Comportamento

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