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Criança também tem osteoporose

Imagem Criança também tem osteoporose

Publicado em 18/10/2013, às 10h57 - Atualizado em 22/02/2021, às 07h38 por Redação Pais&Filhos


Todo mundo acha que a osteoporose é uma doença que se manifesta apenas em idosos. É verdade que a partir dos 30 anos, o processo de perda de massa óssea é maior, o que aumenta essas chances. Mas isso pode acontecer com as crianças, sim. Nesse caso, a osteoporose, na maioria das vezes, é causada por sedentarismo, predisposição genética ou pelo baixo consumo de cálcio, principalmente quando a criança apresenta intolerância à lactose.

De acordo com o estudo The Brazilian Osteoporosis Study (BRAZOS), nove entre dez pessoas ingerem apenas 52% das necessidades diárias de cálcio. Os principais nutrientes envolvidos no metabolismo ósseo são o cálcio e a vitamina D. Um copo de leite desnatado de 200 ml equivale a 270 mg de cálcio, sendo que para cada faixa etária as quantidades recomendadas são diferentes:

  • 1 a 3 anos: 700 mg de cálcio por dia
  • 4 a 8 anos: 1.000 mg de cálcio por dia
  • 9 a 13 anos: 1.300 mg de cálcio por dia
  • 14 a 18 anos: 1.300 mg de cálcio por dia

Não é só o leite que pode prover o cálcio necessário para manter os ossos fortes. Além do leite – desnatado ou integral -, invista em iogurte com frutas, queijo minas, brócolis cozido, sardinha em lata, soja, espinafre cozido e requeijão. Já para conseguir a vitamina D, a exposição solar no horário das 8h ou 9h da manhã é o ideal. Segundo o pediatra Claudio Len, pai de Fernando, Beatriz e Sílvia, “a exposição à luz solar deve ser direta. Muitas vezes, o excesso de filtro solar faz com que você não tenha exposição nenhuma. É preciso pelo menos 15 minutos semanais de sol direto na pele”, orienta.

Outros alimentos que contém vitamina D são o salmão e atum cozidos, ostra, sardinha, cogumelos cozidos, gema de ovo, bife de fígado, manteiga, castanha e queijo mussarela. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na faixa etária dos 10 aos 13 anos, 96,4% das crianças do sexo masculino e 97,2% do sexo feminino estão incluídos no índice inadequado de ingestão de cálcio, abaixo do valor diário recomendável (1.300 mg). Da mesma maneira, com a vitamina D, a ingestão está abaixo do recomendável.

Uma boa dieta também deve ser aliada à prática de exercícios físicos. O sedentarismo pode ser uma das causas que levam ao desenvolvimento da osteoporose. Alguns esportes são mais indicados, como os exercícios de impacto: futebol, vôlei, basquete.

E se ele tem intolerância à lactose?

Se o seu filho tem esse problema, calma: existem fórmulas lácteas sem lactose ou com baixo teor. O importante é não cortar o leite sem pensar em uma alternativa para a reposição de cálcio: ele pode ser adquirido através de comprimidos para suplementar a dieta. “O grande erro é cortar o leite e substituir por leite de soja, que é uma leguminosa e contém pouco cálcio”, conta a nutricionista Sofia Sesti, mãe de Isadora e Gabriel. Existem fórmulas específicas de baixa lactose, ainda derivadas do leite. Os especialistas podem recomendar, também, a enzima lactase, que retira a lactose do leite: assim, o seu filho poderá consumir normalmente.

Como descobrir?

O exame de densitometria óssea, que mede a densidade do osso, pode ser feito em crianças a partir de cinco anos. A osteoporose, no entanto, é uma doença silenciosa e difícil de ser descoberta. Muitas vezes, só é constatada depois de uma fratura. Por isso, o mais importante é a prevenção do que o tratamento, que é feito de acordo com a necessidade de cálcio da criança.

Se você já teve algum caso de osteoporose na família, fique atento: cabe aos pais saber prevenir. Evite também alimentos como chocolate e refrigerantes, que inibem a absorção de cálcio.

Consultoria: Cláudio Len, pai de Fernando, Beatriz e Sílvia, é pediatra da Clínica Len, www.clinicalen.com.br; Sofia Sesti, mãe de Isadora e Gabriel, é nutricionista especialista em nutrição clínica, membro da Asbran (Associação Brasileira de Nutrição). Clínica Plena: (45) 3252 – 4119


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Saúde

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