Criança

Diário de uma adaptação difícil

Imagem Diário de uma adaptação difícil

Publicado em 31/01/2013, às 22h00 - Atualizado em 15/06/2015, às 16h35 por Redação Pais&Filhos


Mário foi conhecer o espaço ainda nas férias, na companhia dos pais, Marcos Augusto e Maria Beatriz Farina. Com 1 ano e meio e um irmão, Pedro, de apenas 6 meses, via com alegria a possibilidade de ter novos amigos. Ainda que tudo corresse bem, a ida de Mário para a escola gerou muita ansiedade nos pais.

Mesmo sendo professora do ensino infantil do Colégio Santa Cruz, naquele momento Bia era simplesmente uma mãe experimentando a angústia de viver um momento tão importante. Como o menino é muito ligado à mãe, ela e o marido decidiram então que o pai faria a adaptação. A mãe apenas deixaria Mário na escola no primeiro dia. Veja como foram os dez primeiros dias de aula da criança.

1º dia
Mário foi vestido pela mãe enquanto dormia. A euforia da novidade fez com que logo acordasse. Ao chegar à escola, Bia o levou até a sala de aula. Ao ver os brinquedos, ele não se apertou. Soltou-se da mão da mãe e foi atrás de um caminhãozinho. Bia foi trabalhar e deixou Marcos acompanhando o filho. O primeiro dia foi curto, com reconhecimento do espaço e dos novos amigos. Exausto, Mário foi dormir antes mesmo de almoçar.

2º dia
O pai levou o menino à escola, bastante inseguro. “Eu tinha medo de ele não se adaptar, por ser muito pequeno”, confessa.  “Quando chegamos e fomos para a sala de aula, achei que o Mário fosse ficar rodeando, mas, ao ver o caminhão, ele foi logo brincar.” Depois de ficar um pouco na sala, Marcos seguiu para o local destinado aos pais. De tempos em tempos, Mário saía da sala para dar uma olhada no pai e voltava para os brinquedos. Depois do lanche, voltaram para casa.

3º dia
Mário se encaminhou para a sala de aula, bem tranqüilo. Antes de sair de casa, Marcos ouviu a orientação de Bia: “Se precisar se despedir, não fique enrolando”. Depois de ser recebido pelas professoras e ir atrás do caminhão, nem se deu conta de que o pai se retirou da sala e foi esperar no outro ambiente. Ele chorou, sim, mas as professoras conseguiram acalmá-lo. Durante todo o tempo, Mário foi informado de que o pai estava na outra sala, mesmo não sendo necessário chamá-lo.

4º dia
Marcos o deixou na porta da sala com a professora e seguiu para o canto dos pais. De longe, pôde observar que o filho olhava bastante as outras crianças, mas ainda não interagia nas brincadeiras.
O pai foi chamado pela orientadora na sala de aula para acudir o filho, que estava chorando. “Fiquei um pouco com ele no colo enquanto se acalmava”, contou. Em alguns minutos a situação já estava normal, e Mário voltou às atividades. Marcos saiu com o filho da escola após o lanche.

5º dia
O pai assume a rotina de deixá-lo na porta da sala de aula, onde o filho é recebido com festa pelas professoras. De primeira, Mário corre atrás do caminhão. Os brinquedos que trouxe de casa ficaram guardados. A presença da mochila traz segurança. É nela que fica a chupeta. No primeiro desconforto, vai buscá-la. Marcos permanece com os outros pais na sala anexa sem ser chamado uma única vez. Tudo corre muito bem.

6º dia
O final de semana acabou, e Mário retornou à escola sem dificuldade. Marcos se despediu do filho na porta da sala. “Depois do fim de semana, a segunda é pior do que a sexta, mas melhor que a primeira segunda”, constata Lilian Moniz. Quando chora, já adquiriu segurança para se acalmar no colo da professora. Dessa vez, quem não agüentou foi o Marcos. “Eu dava uma olhada escondido para ter a certeza de que estava tudo bem.”

7º dia
Mário gosta de escolher diariamente um brinquedo para levar de casa. Mas, ao chegar à escola, o carrinho sobra esquecido na mochila. “Ele ia direto pegar o caminhão, não deixava ninguém mexer”, relata o pai. A mamadeira fica na lancheira. A novidade agora é beber água junto com as outras crianças. Aos poucos, todos vão assumindo a nova rotina. “Na segunda semana ocorre um salto”, diz Lilian Moniz.

8º dia
Mário se despede do pai sem drama. Tudo vai tão bem que, para Marcos, a rotina de ter que esperar começa a ficar tediosa. Para ele, o menino já poderia assumir o horário normal da escola. A orientadora é categórica ao manter o período reduzido. Para Lilian Moniz,
o aumento gradativo do tempo de permanência é importante. “Para
a criança com dificuldade, reduz
o estresse e, para as mais adaptadas, garante a vontade de voltar.”

9º dia
Mesmo já estando bem adaptado, Marcos é chamado pela orientadora para acudir o filho. Ele havia brigado com uma criança e estava chorando. Rapidamente, o menino se compõe. E Marcos constata que ele já está interagindo com as outras crianças dentro da rotina. “Os rituais trazem segurança. Fica mais fácil quando tudo acontece de forma previsível”, diz Lilian Moniz.

10º dia
Último dia da adaptação. Agora é a vez de Mário acordar o pai, já com a mochila e a lancheira nas costas. Mário percebe que conquistou um espaço só dele. “Quando termina a segunda semana, a criança já confia na professora e no ambiente”, fala Lilian Moniz. E avisa: “Depois de um mês, as crianças costumam reclamar da falta da escola no final de semana”. E pensar que,
lá no primeiro dia, a gente acha que isso nunca vai acontecer…


Palavras-chave
Educação

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