Publicado em 29/10/2013, às 10h32 - Atualizado em 21/02/2022, às 13h54 por Redação Pais&Filhos
A gente convive com muitas “lendas urbanas”, mitos sobre tudo que envolve alimentação, saúde e comportamento… São histórias que acompanham gerações e gerações e, muitas vezes, não condizem com a realidade. Sabe aquela história de tomar leite com manga fazer mal? Pois é, no campo oftalmológico encontramos muitos desses mitos. Conversamos com o médico oftalmologista e diretor do Tranjan Hospital de Olhos, Dr. Alfredo Trajan, pai de Alvaro e Carolina, que esclareceu grandes dúvidas relacionadas à saúde dos olhos.
O negócio é ficar de olho e não acreditar em lendas urbanas que, literalmente, podem nos deixar cegos.
Mito. O leite materno não cura conjuntivite. A conjuntivite que aparece nos primeiros dias de vida pode ser de origem irritativa, e causada pela instilação do colírio nitrato de prata a 1%, não ocasionando problemas oculares. Porém, a conjuntivite iniciada entre segundo e terceiro dias de vida normalmente tem outras causas, devendo o paciente ser consultado por um oftalmologista.
Mito. A catarata congênita deve sempre ser avaliada pelo oftalmologista, e deve ser operada nos dois primeiros meses de vida, para que a visão se desenvolva sem deficiência (ambliopia).
Nem sempre. A presença, ao nascimento ou nos primeiros meses de vida, de olhos grandes, com córnea de aspecto azulado, lacrimejamento intenso e fotofobia, pode indicar provável existência de glaucoma congênito. O problema pode levar a cegueira, e o recém-nascido deve ser submetido à cirurgia o mais breve possível.
Quase sempre. A obstrução congênita das vias lacrimais acomete 33% dos bebês. A maioria dos lacrimejamentos tem solução espontânea, através de massagens e uso de colírio antibiótico.
Se houver persistência da obstrução após alguns meses e antes do primeiro ano de vida, ou processo infeccioso repetitivo, deve ser feita sondagem das vias lacrimais antes do primeiro ano de vida.
Nem sempre. A principal causa de pupila branca (leucocoria) é a catarata congênita, mas outros doenças graves, como a retinopatia da prematuridade, o retinoblastoma e inflações intraoculares, também podem parecer com a pupila branca. Uma das formas fáceis de diagnóstico é quando a pupila reflete nas fotos na cor branca ao invés de vermelha. De qualquer forma, em todos os casos, é obrigatório uma consulta o mais breve possível com seu oftalmologista.
Mito. Esforço visual não é prejudicial ao olho. Costuma ocorrer o contrário, ou seja, quanto mais se lê, mais facilmente o cérebro interpreta o conteúdo da leitura.
Mito. O excesso o a insuficiência de iluminação podem dificultar a leitura e cansar a criança, porém não prejudica os olhos.
O estrabismo concomitante ocorre por uma falta de sincronia entre os músculos externos do olho. O susto, o vento, a chuva e a poeira não provocam estrabismo.
Mito. Se a criança apresentar qualquer alteração no paralelismo dos olhos deve passar por uma consulta oftalmológica para evitar que o estrabismo se torne permanente e a criança desenvolva ambliopia, que é a baixa e/ou perda permanente da visão. O exame também pode descartar a presença de tumores e outras doenças oculares com risco para a visão e para a vida.
Mito. As crianças alérgicas (que coçam muito os olhos) podem apresentar conjuntivite alérgica (coceira, secreção, sensação de areia, olho vermelho e fotofobia) que permanece até a fase de entrada na puberdade. Essa conjuntivite deve ser tratada assim que detectada, para que não traga alterações nas córneas no futuro.
Coçar os olhos é muito prejudicial: leva ao aumento da pressão ocular, e a várias doenças, inclusive ceratocone (distorção corneana).
Mito. O fato da criança não informar sobre sua visão não impede que se realizem todos os outros exames oftalmológicos. O ideal é que se faça um exame a partir dos 3 anos de idade e antes dos 6 anos, caso não tenha nenhum sintoma (se tiver, a consulta deve acontecer antes disso).
Verdade. Existem exames para avaliar a visão do recém-nascido até a idade de alfabetização. Algumas crianças precisam de óculos desde o primeiro ano de vida (em casos de catarata congênita, estrabismo, etc).
Mito. Ler em ônibus, trens, aviões ou carros não é prejudicial aos olhos. Algumas pessoas podem se sentir indispostas durante leitura no interior de veículos em movimento, sentir náuseas e dor de cabeça – mas esta é uma reação individual.
Mito. As lentes de contato têm indicação médica em pacientes que necessitam de lentes corretivas com elevados graus, sendo adaptadas mesmo em crianças pequenas. Já a indicação estética ou para a prática de esportes ocorre quando o jovem manifesta desejo de usá-las e tem condições de cuidar delas. Não existe uma “idade mágica”, mas aos doze ou treze anos, os oftalmologistas têm obtido bons resultados quanto à colaboração do usuário.
Verdade. As cirurgias para a miopia, astigmatismo e, em caráter experimental, a cirurgia hipermetropia, são realizadas quando o grau está estabilizado, e isto só ocorre ao redor dos vinte anos de idade.
Mito. O olho foi feito para ser usado. Faça bom uso deste sentido maravilhoso.
Lembre-se, alguns acidentes são evitáveis em casa:
Consultoria: Médico oftalmologista e diretor do Tranjan Hospital de Olhos, Dr. Alfredo Trajan, pai de Alvaro e Carolina
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