Criança

O que você precisa saber para um corte de cabelo sem trauma

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Publicado em 13/04/2015, às 17h42 - Atualizado em 28/04/2016, às 09h37 por Redação Pais&Filhos


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Para cortar o cabelo da Gabriella, de 7 anos, a mãe, Renata Pagano, precisa antes ter uma conversa séria para acalmar a menina. “Sempre converso com ela antes de cortar, porque ela é exigente. Sempre foi assim. O cabelo, assim como ela, deve estar impecável. Então falamos antes para evitar traumas”, comenta. “Sou vaidosa e ela se inspira e se espelha em mim.”

Já o Matheo, filho de Humberto Battistel e Drielle Ragazzi, tem apenas 3 anos, mas já é bem vaidoso e decide o próprio corte. “Ele geralmente quer alguma variação dos estilos moicano, arrepiado e topete. Matheo sai do banho com o cabelo penteado e em dia de festa faz questão de passar gel. E ainda quer que todos elogiem. Não ensinamos isso, é dele mesmo”, diz o pai. “Ele é estiloso com tudo, seja roupa ou acessórios. Adora uma novidade, e não poderia ser diferente com o cabelo.”

Não importa o momento em que o encontro da criança com a tesoura aconteça, mas assim como tantos outros primeiros momentos dos filhos este também marca a vida dos pais. Os pequenos talvez não se recordem muito bem, mas os adultos vão curtir, tirar fotos – mesmo com chororô –, e muitos com certeza irão guardar a primeira mecha.

O que vale mesmo é respeitar a personalidade dos pequenos, pois cada um reage de uma forma. Há quem dê escândalo para cortar a franja e tem quem ache o máximo ter o cabelo estilo Neymar. Cabe aos pais ter jogo de cintura para contornar o medo, deixa-los tranquilos e fazer com que a ida ao cabeleireiro seja uma diversão.

Renata achou um jeitinho especial para que Gabi não ficasse com nenhum tipo de trauma para cortar o cabelo. Brincar de salão de beleza, só as duas, além de ser muito divertido a deixa mais tranquila e familiarizada com o que ela encontrará quando for cortar as madeixas. “Eu faço hidratação com cremes infantis e coloco até papel-alumínio para descontrair, tudo de mentirinha. Então, quando tem que mexer no visual, ela já sabe que vai ser divertido e vai tranquilamente”. Brava ela fica se o penteado não está perfeito. “Quando preso, não pode ter um fio de cabelo levantado, tem que sempre ser lisinho”, diz a mãe.

A primeira tesourada

Por ser a primeira vez, pode bater certa insegurança, podem surgir dúvidas sobre onde levar, sobre o corte e, principalmente, sobre como a criança vai encarar essa novidade. É importante que os pais tenham alguns cuidados, afinal absolutamente tudo é novidade, principalmente para a criança, que nunca viu seus cachinhos se desfazerem no chão de um salão de beleza.

Hoje em dia existem muitas opções de cabeleireiros especializados em corte infantil. Pode valer a pena, porque eles oferecem um ambiente colorido e atrativo, as cadeiras são especiais, confortáveis e seguras, têm TVs com desenho, brinquedos e, o mais importante, profissionais pacientes e especializados, que são a garantia do corte bem-feito mesmo se a criança não ficar quieta. Nesses salões, cortar o cabelo pode ser mais divertido.

Por outro lado, há quem frequente o mesmo cabeleireiro há anos e não o troque por nada, nem que seja a última novidade da moda. A vantagem nesse caso é ter total liberdade com o profissional, que mesmo não sendo especialista em corte infantil deixará os pais mais calmos e seguros. Isso, aliás, pode ser o segredo do sucesso: tranquilidade.

Se a criança não fica calma em salão algum, a dica é procurar por profissionais que atendam em casa. Essa opção vale a pena porque tudo acontece em um ambiente controlado e familiar, onde todos se sentem a vontade e seguros. Para os pais que levam jeito com a tesoura, vale ainda seguir a linha do faça você mesmo. Muitas mães se arriscam, e os resultados são dos mais variados.

A Alice, filha de Mariana Reichardt, já teve a franja cortada em casa pela mãe. “Foi uma vez para nunca mais. Deu supererrado. Ainda bem que ela era pequenininha e não se lembra.”A verdade é que não existe uma receita de bolo, como tudo na vida dos pequenos. O que vale é a sensibilidade dos pais, que são as pessoas que mais conhecem seus filhos. E, se não der certo nas primeiras vezes, o importante é manter a calma e respirar fundo para uma nova investida. Porque mesmo sendo profundos conhecedores das crias, muitas vezes, mas muitas mesmo, eles surpreendem.

Tem que tentar 

Gustavo, filho de Fernanda Xavier e Acácio Filho, do alto dos seus quase 2 anos de idade, já teve diversas experiências. “Ele fica numa boa, é uma criança sociável, então o fato de o cabeleireiro ter atrativo ou não pouco me preocupa”, comenta a mãe. “Mas não acertamos o corte ainda. Ou fica repicado demais atrás ou a franja fica muito curta e eu sempre tenho de esperar crescer bem para fazer uma nova tentativa. A franja agora está enorme, preciso cortar com urgência. Mas estou com medo, pois a festa de aniversário dele é daqui a alguns dias e eu não quero que ele fique bravo comigo quando olhar as fotos”, completa. Nesse caso, vale buscar referências, levar imagens. Assim a conversa com o profissional pode ser mais clara e concreta.

O Gustavo ainda não se dá conta das “barbeiragens” com sua franja, mas muito em breve pode não achar legal. Por isso, a preocupação em acertar tem fundamento, até porque esse é um momento pelo qual a criança passará muitas vezes na vida, então, é melhor que ela tenha boas recordações.

Cada um com seu estilo

Matheo, o pequeno de 3 anos que já sabe muito bem o que quer, é o caçula de um trio de meninos que faz praticamente tudo junto, mas nem por isso tem os mesmos gostos e preferências. Lucca, seu irmão de 5 anos, é vaidoso também, mas em menor intensidade: “Ele até passa gel se é dia de festa e escolhe seu corte de cabelo, mas tem que ser estimulado. Caso contrário, sai de casa descabelado mesmo. É bem mais tranquilo”, conta o pai, Humberto.

Já o Tommy, primo dos meninos, de 7 anos, e o mais velho da turma, é o oposto. “Ele é mais relaxado e para cortar o cabelo é sempre uma luta. Uma vez eu cortei curtinho e ele ficou muito bravo. Mal se olhava no espelho e mal falava comigo. A franja dele está enorme, mas está fugindo do barbeiro. Não tem nem negociação”, diz a mãe, Letícia Battistel. “Já tentei até cortar em casa, fizemos uma fila de primos e tios. Mas ele se recusou, chorou, esperneou. Eu insisto, porque cabelo curto é mais prático, ainda mais no calor, e a franja não atrapalha. Sei que se eu não ficar em cima ele não corta e não penteia.”

Matheo, Lucca e Tommy costumavam frequentar cabeleireiros infantis, mas o gasto ficou pesado. Todo serviço especializado tende a ser mais caro. Agora vão a um barbeiro do bairro, que geralmente é mais aberto a negociações. Independentemente do local, a ordem de atendimento é sempre a mesma. Matheo sai na frente, Lucca em seguida e, por último, o Tommy. “O Matheo, além de decidir seu corte, ainda dá palpite na vez do irmão e do primo. Por isso, pede sempre para ir primeiro”, conta Letícia.

Outros Cuidados

Mas não é só de corte que se alimenta uma bela cabeleira. Cuidados no banho, para pentear e prender também são muito importantes. Produtos especializados são sempre mais recomendados por não terem certas substâncias que podem ser prejudiciais à saúde das crianças. Vale ler sobre os componentes, pesquisar sobre as fórmulas e tirar dúvidas com o pediatra.

Outros cuidados do dia a dia, como não dormir de cabelo molhado, não prender forte demais, ou não abusar do boné para que o cabelo respire um pouco, também são importantes e vão bem além da simples vaidade. Alice, filha de Mariana, faz esportes à tarde, por isso a mãe  tem sempre o cuidado de secar o cabelo com o secador. Assim, ela não dorme com o cabelo molhado”, comenta. “Ela não é muito vaidosa com o cabelo. Sou eu quem compra os produtos e quem decide o corte”, explica a mãe.

Mas, na hora de sair, Alice é quem decide os penteados. “Ela recentemente se descobriu de cabelo solto e curtiu muito. É assim que tem usado”.


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Comportamento

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