Publicado em 29/12/2015, às 06h30 - Atualizado às 07h42 por Adriana Cury, Diretora Geral | Mãe de Alice
Uma pesquisa realizada pelo Centro de Referências em Educação Integral, iniciativa voltada para pesquisas e desenvolvimento apoiada pelo Ministério da Educação, mostrou que as crianças, desde o início da idade escolar, já sabem o que querem aprender nas escolas.
Obviamente, eles absorvem da sala de aula o que faz sentido para eles no dia a dia, seja na hora de cumprir tarefas diárias, como amarrar os sapatos ou escovar os dentes, seja na hora de brincar.
Marcelo Bueno, pai de Enrique, é educador e diretor pedagógico da Escola Estilo de Aprender. De acordo com sua experiência, o que falta para a escola é ser um lugar de questionamento e não apenas de respostas.
A escola precisa aprender a ouvir as crianças, deve abrir um canal de diálogo que se torne natural ao longo dos anos. Por isso, uma aula nunca pode ser igual à outra, mesmo que seja para crianças da mesma idade, na mesma série, só que em salas diferentes.
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Isso é feito de quê?
A aula começa a acontecer de verdade quando os alunos participam da sua construção. E ouvi-los é muito importante para que os professores consigam casar os interesses dos alunos com o que a escola prevê como conteúdo apropriado. Marcelo Bueno nos dá uma luz: a criança aprende a importância da vida quando damos importância a ela.
Por isso, o aprendizado deve ser transformador, para que os alunos também transformem o meio onde vivem. Na pesquisa, foram entrevistadas crianças de todo o país, de idades variadas. O objetivo aqui não era ter um rigor científico, era ouvir as crianças e as suas expectativas em relação à sala de aula. Davi, de 8 anos, mora em Belo Horizonte.
Ele quer aprender como funciona um ímã, conteúdo que só vai ser ensinado alguns anos depois. Mas será mesmo que o professor não pode aproveitar esse desejo para explicar o que é atração e repulsão?
Amanda, irmã de Davi com 5 anos de idade, quer saber como é a parte funda do mar. Que tal explicar para ela que o mar é mais profundo do que imaginamos e por isso nenhum ser humano nunca chegou ao fundo do mar?
Trabalhar com crianças também é lidar com o imprevisível, principalmente nessa fase de experimentação e descoberta. A escola é um lugar de controle: controle do espaço, controle do tempo, controle da experimentação. Por isso, as crianças querem aprender o que a escola não pode ensinar.
Yasmim, paulistana de 5 anos, quer aprender a fazer letra de mão, andar de skate e fazer crochê. Olha quanta curiosidade que pode render aulas de redação, educação física, artes, cultura pop, história… Tanta coisa que pode trazer significado ao aprendizado de Yasmim e transformar a obrigação de ir à escola em prazer de aprender.
Julio Cesar, de 10 anos, mora em Rondônia e quer aprender as matérias convencionais: português, matemática, informática e… filosofia! Também é importante que a escola ouça as crianças para não subestimá-las, para que a construção do conhecimento adquira cada vez mais sentido.
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