Publicado em 20/03/2018, às 09h59 - Atualizado às 10h01 por Redação Pais&Filhos
Infelizmente o preconceito de diversas naturezas ainda é muito comum em nosso país. O caso mais recente envolve Débora Seabra, filha de Margarida e José Robério, a primeira professora com Síndrome de Down do país, e a juíza Marília Castro Neves, que fez uma publicação debochando da profissional.
Veja como começou a história no Facebook:
Em resposta a essa ofensa, Débora publicou em suas redes sociais uma carta à magistrada onde ela afirma: “Eu ensino muitas coisas às crianças. A principal é que elas sejam educadas, tenham respeito às outras”. Arrasou! Leia a carta:
Débora tem 36 anos e há mais de 10 atua como auxiliar de desenvolvimento infantil em turmas de educação infantil e Fundamental I na Escola Doméstica, colégio particular em Natal (RN) onde ela também é ex-aluna.
Foi contratada pela diretora da época, que soube que Débora estava se formando em Magistério em nível médio pela Escola Estadual Professor Luis Antônio, também em Natal, e achou que a integração dela ao corpo docente era completamente possível.
Em entrevista exclusiva à Pais&Filhos, a atual diretora da Escola Doméstica, Lucila Ramalho, mãe de Lucila, falou sobre o trabalho de Débora na rotina do colégio e disse que ela é uma funcionária exemplar, proativa e muito participativa. “Débora faz parte da instituição e circula com muita tranquilidade entre os alunos. As crianças a veem como uma referência, como alguém que está ali para ajudá-las”, afirma Lucila.
A diretora explica que Débora tem acompanhamento constante: “Enquanto profissional, Débora é acompanhada por psicólogas e psicopedagogas, que a ajudam a desenvolver seu trabalho enquanto professora assistente”.
O fato de ter ter estudado em colégios regulares, faz com que Débora lute ainda mais pela inclusão de pessoas com Síndrome de Down. Ela é autora de “Débora conta Histórias”, livro que reúne fábulas inspiradas em sua vida com mensagens de inclusão e respeito à diversidade, e palestra pelo Brasil e outros países pelo mundo falando sobre o combate ao preconceito.
Atualmente a Escola Doméstica tem alunos com Síndrome de Down e Débora é uma referência para eles também. Constantemente ela visita as salas de aula e lê histórias de seu livro e fala sobre inclusão e preconceito.
A carreira de Débora na educação já rendeu a ela homenagens e até grandes reconhecimentos. Em 2015 ela recebeu o Prêmio Darcy Ribeiro de Educação, que é organizado anualmente pela Comissão da Câmara do Deputados e elege pessoas que se destacam na área de educação do país.
Sobre o episódio lamentável de preconceito sofrido pela professora, Lucila afirma: “Débora está sempre acompanhada e tem sempre o direcionamento de algum outro professor, então obviamente não oferece risco algum para os alunos. É alguém [Juíza] que não conhece o trabalho que ela desenvolve com a gente e lançou um comentário infeliz”.
A Pais&Filhos tem muito orgulho da Débora e acredita que deveriam existir mais pessoas com essa mesma iniciativa na educação do Brasil. Afinal, ela é demais e ponto!
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