Criança

Quem vai cuidar dele?

Imagem Quem vai cuidar dele?

Publicado em 31/03/2011, às 21h00 por Redação Pais&Filhos


Você curtiu os primeiros meses de seu bebê em casa, mas a supermãe em tempo integral acaba com o fim de licença-maternidade. Agora é hora de voltar para o trabalho e aprender a lidar com a insegurança de deixar seu pequenino sob os cuidados de outra pessoa. Mas quem?

Contar com os avós é a opção mais cômoda, mas nem sempre eles estão por perto ou disponíveis. Contratar uma babá também é uma boa – desde que você confie nesta pessoa de olhos fechados.

A creche ou berçário acaba sendo a saída para muitos pais. Preparada para receber crianças de 0 a 3 anos, é um ambiente que pode, sim, preencher a rotina do seu bebê com carinho, estímulos e atenção. Mas que deve ser escolhida com todo cuidado do mundo, não só para garantir que seu filho seja muito bem tratado, mas também porque é de extrema importância que os pais se sintam seguros em relação ao lugar que a criança passará uma boa parte do seu dia.

Essa segurança é sentida pelo bebê, que terá maiores chances de se adaptar à nova rotina, e também primordial para a mãe voltar ao trabalho com tranquilidade. Nós preparamos um guia para te ajudar nesta etapa tão importante na vida da mãe e do filho: a escolha da creche.

Quantos bebês por educadora?

Imagine você tomando conta sozinha de dez filhos pequenos. Difícil, não? E será difícil para uma educadora da creche também. Quanto mais bebês por educadora, menor será a atenção que ela dará para cada um deles. Quatro bebês por educadora é a média da maioria das creches.

Cuidados especializados

Avalie se a creche tem profissionais formados em pedagogia, que têm um entendimento sobre o desenvolvimento da criança e da importância de certos estímulos, afeto e atenção nos primeiros anos de vida.

Ambiente à prova de bebês

Preste atenção na higiene (da cozinha, dos banheiros e das salas onde as crianças interagem) e veja se o ambiente está preparado para receber crianças tão pequenas: escadas, mobiliários com pontas e brinquedos com peças pequenas podem apresentar riscos à criança, principalmente na fase de engatinhar e dos primeiros passos.

Estímulo em tempo integral

Cuidar de uma criança vai muito além de ficar de olho para que ela não se machuque. Ouvir uma música, ler um livro, brincar ao ar livre e dar oportunidade ao pequeno explorar e descobrir um mundo cheio de aprendizados: tudo isso faz parte do desenvolvimento saudável do bebê. Além disso, a pedagoga e especialista em educação infantil Letícia Tavares atenta para um ponto que nem sempre lembramos: a proposta pedagógica da instituição. “É importante ter uma coerência entre o que é proposto no projeto pedagógico da escola e o que é de fato realizado no cotidiano das crianças e dos educadores”.

Pode confiar

Visite a creche, converse com a diretora e as educadoras, sinta o clima do ambiente (as crianças estão lá numa boa?) e procure referências com outras mães que deixam seus filhos ali. Isso é importante para que os pais desenvolvam uma relação de confiança com o local que irá acolher seu filho.

Uma vez que você chegou à conclusão de que a creche é digna de sua confiança, bata o martelo e deixe a insegurança de lado. O bebê detecta o sentimento dos pais. Se você estiver insegura, ele estará também, dificultando seu período de adaptação ao novo ambiente.

Paciência no começo

O bebê estava acostumado a ter seu porto-seguro por tempo integral: a mãe. De repente, tem de se acostumar com pessoas novas, cheiro novo, ambiente novo. Ele vai estranhar, claro. E os pais devem estar preparados para este período de adaptação. Muita calma e algumas estratégias podem te ajudar. O mais importante, diz Andrea Rapoport, autora do livro “Adaptação de bebês na creche – A importância da atenção de pais e educadores”, é começar aos poucos, com horários reduzidos. “Um grande erro é quando a mãe começa a trabalhar e de um dia para o outro coloca o filho na creche. É forçar uma mudança muito brusca”.

Segundo ela, o ideal é deixar a criança se adaptar ao local na companhia da mãe. Leve-a alguns dias antes com você e passe um tempo ali brincando. Depois, deixe-a sozinha por uma horinha e depois vá buscar. E assim vai.

Creches públicas

Para quem não pode arcar com uma creche particular, as públicas são uma alternativa, apesar de nem sempre serem garantidas. Por conta da grande procura, há um processo seletivo das crianças e muitas acabam ficando de fora.

Só na cidade de São Paulo, por exemplo, mais de 100 mil crianças aguardam vagas em creches e pré-escolas, segundo dados da prefeitura. Mas vale a pena tentar. O primeiro passo é procurar a creche mais próxima de sua casa e inscrever seu filho.

Uma boa dica é procurar as instituições com o máximo de antecedência, antes mesmo de o bebê nascer. Caso não tenha vaga, inscreva-o na lista de espera.

Babá, vovó ou creche?

A verdade é que não há uma resposta fixa. Cada um tem seus prós e contras. O cuidados dos avós pode ser a opção mais segura, mas nem sempre eles têm disponibilidade, energia e estrutura para cuidar de uma criança pequena.

A babá é uma pessoa que estará cuidando exclusivamente de seu filho, mas se você não confia plenamente na pessoa, como vai ficar tranquila deixando-a com seu bebê? A creche oferece cuidados de pessoas especializadas, mas por outro lado priva a criança do aconchego de casa. Para facilitar a escolha, veja os prós e contras de cada um:

Deixando o filho….


                 PRÓS

       CONTRAS

… com a BABÁ

Não haverá uma mudança de rotina tão grande para a criança. Ela continua no aconchego de casa e receberá os cuidados exclusivos de uma pessoa. Não precisará dividir a atenção da cuidadora com outras crianças, como acontece em uma creche ou berçário. Você terá um controle maior sobre a rotina da criança.

É uma pessoa que cuidará de seu bem mais precioso e que você provavelmente a conhece muito pouco – ou quase nada. Leva um tempo até adquirir uma confiança plena (e há o risco de você perceber que não pode confiar nela). A criança não estará em contato com outras, e, portanto, não terá tantas possibilidades de brincadeiras e de desenvolver sua habilidade social. É uma pessoa com valores e educação diferentes das suas – e inevitavelmente acaba transferindo isso à criança.

…com os AVÓS

São as pessoas em quem você mais confia no mundo. Possui os mesmos valores que os seus e educará seu filho com os mesmos moldes de educação que você recebeu. Você terá certeza de que seu filho estará sendo cuidado por alguém que realmente sente afeto por ele – e não por alguém que está recebendo para isso, por mais carinhosa que a pessoa seja.

Se os avós têm mais idade, terão limitações físicas para cuidar de uma criança pequena. Lembre-se que eles estavam acostumados com uma rotina (e já não têm a obrigação de cuidar de um pequenino há muito tempo). Certifique-se que a presença do bebê todos os dias não será um incômodo.
“Na casa da vovó pode tudo”. Lembra? Os avós têm dificuldades em impor regras e limites para os pequenos. Geralmente, os mimos são constantes.

…na CRECHE

Seu filho será cuidado por profissionais especializados, que conhecem as etapas do desenvolvimento infantil e estão cientes da importância dos estímulos que a criança deve receber nesta fase. Além do mais, o bebê estará em contato com outras crianças, o que desenvolve suas habilidades sociais e de convivência.

O ambiente aconchegante do lar faz falta para a criança. E o fato de ela ser cuidada por pessoas “estranhas” piora esse sentimento. Ela terá de dividir a atenção de uma educadora com mais crianças. Ainda que elas sejam carinhosas com os pequenos, a dedicação que cada um recebe é menor. As atividades são mais automatizadas, já que há uma rotina a ser cumprida.


Consultoria:

Andrea Rapoport, mãe de Gabriela, é psicóloga e doutora em psicologia do desenvolvimento. Autora do livro “Adaptação de bebês à creche – A importância da atenção de pais e educadores” (Ed. Mediação (www.editoramediacao.com.br), R$ 32); Letícia Alvarenga Tavares, filha de Dalva e Severino, é pedagoga graduada pela UNESP e especialista em educação infantil.


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