Carol Celico conta que engravidou no processo de congelamento de óvulos: "Um susto"

Grávida pela terceira vez, aos 36 anos, Carol Celico conta que não esperava uma gestação agora. Ela, que já é mãe de Luca, de 15 anos, e Isabella, de 12, – frutos do antigo casamento com o jogador de futebol Kaká – nunca escondeu que queria ter mais filhos com o atual marido, o empresário Eduardo Scarpa. Foi pensando em planos para o futuro que ela decidiu congelar óvulos, mas foi exatamente nesse processo que descobriu a gravidez.

"O tempo passou e, em setembro, fiz uma viagem com meu marido para celebrarmos nossos 7 anos juntos. Alguns dias depois de voltarmos, descobri que estava grávida", contou ela em uma entrevista exclusiva à Pais&Filhos. Abaixo você confere a conversa na íntegra:

Pais&Filhos: Como foi a descoberta da terceira gravidez?

Carol Celico: Descobri por conta do ciclo atrasado por mais de 42 dias! Meu marido comprou um teste de farmácia e eu nem estava levando a sério, mas o resultado foi um susto. Eu não esperava, mas, em alguns minutos, já explodi de felicidade. Guardamos como segredo por até quase 3 meses de gestação para compartilharmos com nossas famílias e amigos mais próximos, todos ficaram super emocionados.

P&F: Você contou que chegou a congelar óvulos no ano passado. Então não foi planejada?

Carol: Eu decidi congelar óvulos para que, no futuro, caso eu quisesse ter filhos quando mais velha, eu pudesse. Eu estava e ainda estou muito atarefada com minha própria marca de moda, a NIINI, e meus filhos que, mesmo já mais velhos, demandam bastante atenção. Para não correr riscos e garantir que eu tivesse a oportunidade de ser mãe novamente, optei pelo processo de congelamento de óvulos em março de 2023, finalizando em maio e resultando no congelamento de 30 óvulos.

Fiquei superfeliz e descansei desse assunto, porque agora estava garantido a minha realização para o momento que eu quisesse. O tempo passou e, em setembro, fiz uma viagem com meu marido para celebrarmos nossos 7 anos juntos. Alguns dias depois de voltarmos, descobri que estava grávida!

Por conta do meu diagnóstico de Hashimoto, parei de tomar a pílula e segui acompanhando a tabelinha e, segundo meu médico, engravidei por influência do que restou do hormônio utilizado para estimular a ovulação durante o processo de congelamento, que ocasionou uma desregulação do meu ciclo.

Quando você não quer engravidar de jeito nenhum, você procura outros métodos contraceptivos. Hoje, conversando juntos, percebemos que ambos estavam “deixando acontecer” por um desejo silencioso de termos um filho, e foi o que aconteceu.

P&F: Como você contou para seus filhos? Qual foi a reação deles?

Carol: Eu pensei em fazer alguma surpresa para eles, algo como um presente que contasse a notícia.

Pensando e repensando, cheguei à conclusão de que qualquer surpresa quase obrigaria os dois a gostarem, e eu quis dar a oportunidade de eles sentirem naturalmente todas as emoções que eles tivessem que sentir.

Eu gosto muito de psicologia e entendi que essa seria a forma mais leve, saudável e compreensiva de compartilhar a novidade. Conversamos em casa mesmo, sem rodeios. O Luca ficou superanimado e chegou até a ficar preocupado com a empresa, disse que poderia me ajudar com o que fosse preciso. Já a Isabella ficou em choque por alguns segundos, deitou no meu colo e perguntou: ‘Jura que não vai me esquecer nunca?’. Acredito que seja uma insegurança comum, mas logo a acalmei e ela já deu um pulo, toda feliz, planejamento como seria toda a gestação, a montagem do quarto, as roupas e que ela quem iria cuidar do irmãozinho!

P&F: Como é engravidar aos 20 e depois aos 36 anos? Quais as maiores diferenças que você tem percebido?

Carol: O corpo, saúde e disposição são diferentes entre 20 e 36. Ao mesmo tempo, não tenho tantas lembranças das primeiras gestações em detalhes, então chego até a me confundir se senti as mesmas dores no corpo, os mesmos enjoos. De modo geral, a gestação do Rafael tem sido uma gravidez bastante tranquila e tem passado muito rápido, o que reflete bastante meu momento atual.

Como minha rotina está bem comprometida por conta do trabalho, dos meus filhos, acabo me mantendo ocupada sempre, mas ao mesmo tempo, estou em um momento muito feliz da minha vida, me sinto realizada em vários sentidos. Já estou no 6º mês, animada para voltar da maternidade com o Rafael no colo, com tudo pronto para essa chegada.

P&F: Você já nos disse, em outra entrevista, que não teve rede de apoio quando o Luca e a Bella eram mais novos. Como será com o Rafael?

Carol: Quando eu engravidei dos meus primeiros dois filhos, eu morava fora do país e era muito nova. Em resumo, estava longe da minha família e nenhuma das minhas amigas, com a mesma idade que eu, tinha filhos naquela época. Tudo isso colaborou para que eu criasse meus filhos de maneira muito mais solitária. Sempre fui muito presente e não me arrependo em nenhum momento disso. Foi um investimento da minha vida para a vida deles que foi muito válido.

Hoje, com as redes sociais, temos acesso aos médicos no WhatsApp, grupos de mães, comunidades, e, com mais idade, agora minhas amigas também tiveram filhos recentemente ou estão grávidas. É uma situação bem diferente, com acessibilidade facilitada a várias formas de apoio.

P&F: Como foi a escolha do nome? A família participou?

Carol: Rafael sempre foi meu nome favorito. Não coloquei no meu primeiro filho por conta de um primo do meu ex-marido que já tinha um filho com esse nome. Rafael, no entanto, acabou sendo o nome do melhor amigo do Eduardo e tanto o Luca quanto a Isabella adoram esse nome. Acabou virando unanimidade muito fácil pela família toda.

P&F: O que pretende mudar como mãe do Rafael?

Carol: A gente quer sempre errar menos. Eu olho muito para dentro e para o desenvolvimento pessoal. Sei que vou errar como qualquer ser humano, mas quero minimizar esses tropeços. Quero me informar, aprender, ler e testar coisas diferentes. Não existe uma regra, cada ser humano tem uma personalidade exclusiva dele e o que pode ter funcionado antes com outro não necessariamente vai fazer sentido agora.

Quero ter essa sensibilidade de não se culpar ou se pressionar e tentar fazer o melhor que eu posso.

P&F: E o que você aprendeu com Bella e Luca que deseja repetir com Rafael?

Carol: Gosto muito da rotina. É algo muito precioso para um bebê e criança, que se estende até a vida adulta. Eu quero trazer a consciência da rotina para todos de casa para que possam me ajudar a manter uma rotina de saúde e bem-estar para o Rafael. É algo que sempre tive atenção com as crianças e com certeza quero repetir.

P&F: Você sempre sonhou em ter uma família grande? Pretende ter mais filhos?

Carol: Sempre falei em ter quatro filhos! Eu brinco que, quando tive o Luca, o sonho mudou para três, e, quando veio a Bella, diminui para dois. Agora, com o terceiro, não tenho muitos planejamentos para um quarto, mas desde sempre gostei de família grande com a mesa cheia. Os filhos, seus namorados, meus futuros netos, todos reunidos.

Não sei se terei meu quarto filho, mas vou deixar o tempo passar e ver se esse desejo aparece em algum momento. A princípio, estou feliz e realizada com meus três.

P&F: Família é tudo pra você?

Carol: Com certeza. Família é o início, o meio e o fim. É quem está conosco desde o começo, de onde vem nossa base, nossos valores e princípios, a sustentação de um trabalho, de um sonho. Tudo vem do apoio familiar.

Temos amigos maravilhosos, companheiros de trabalho, mas essas coisas podem ir mudando e passando e, quando a gente percebe, estamos sempre sendo acompanhados da família, independente do momento.