Publicado em 31/08/2020, às 12h30 - Atualizado às 12h35 por Camila Montino, filha de Erinaide e José
Assumir o papel de pai é uma grande responsabilidade. É cuidar, participar, educar, brincar, estar totalmente presente e, acima de tudo, amar. Para Nicácio Belfort, pai de Benjamin, de 5 anos e Lucas, de 1 ano, blogueiro parceiro da Pais&Filhos, tornar-se pai mudou a vida dele, e como uma prova dessa reviravolta, ele escreve cartas para que os filhos possam ler no futuro.
Nicácio conta que sempre quis ser pai, mesmo com o receio de encarar esse papel tão importante. “Quando soube que minha esposa estava grávida do nosso primeiro filho, fiquei muito feliz. Mas os medos, as limitações e o ‘será que vou ser um bom pai?’, sempre me aterrorizavam. No começo, é tudo novo e assustador, mas conseguimos levar, sem fórmulas mágicas e com ajuda de tutoriais de macetes do YouTube, livros, grupos de pais no WhatsApp e muitas outras ferramentas da era digital – afinal somos uma geração que a informação chega muito rápido, tão rápido quanto a velocidade que nossos filhos crescem”, brinca.
Ao ser questionado sobre as mudanças que a paternidade trouxe para a vida dele, contou que se tornou mais sensível e atento aos sentimentos. “Mudou completamente. Hoje me sinto arriscando cada vez menos e buscando o melhor em qualidade de tempo e vida ao lado dos meus filhos, brincando, curtindo e enchendo eles de carinho. Com a paternidade fiquei mais sensível e amoroso, afinal sou o amor de pai e devo honrar esse título como algo digno de realeza”, afirmou.
O pai conta que se preocupa com o futuro dos filhos e deseja que eles levem boas memórias da infância. Por isso, resolveu deixar tudo registrado por meio de cartas, que ele escreve, enumera e publica tudo no Instagram @amordepapaireal. “Eu imaginei que seria uma linda recordação para eles no futuro. Tem muitas coisas que a gente não lembra da infância, e nas cartas coloco assuntos e temas que ocorreram em nossas vidas – alegrias, tristezas, saudades e amores. Espero muito que eles gostem dessa manifestação de carinho que faço com tanto amor e dedicação”, explicou.
Ele ainda disse quais valores pretende passar para os filhos através desses bilhetes. “Que eles coloquem em prática cada sentimento, emoção e virtudes ensinadas nas cartas e sejam as melhores pessoas da rua, da escola, da cidade e por que não dizer do mundo! Altruístas e sensíveis”, completou.
Nicácio ainda disse que os deseja transmitir para os filhos os mesmos sentimentos que ele dá e recebe diariamente, deixando tudo eternizado nas cartas e, claro, ensinando. “Escrevo sobre acontecimentos nas nossas vidas, na sociedade, no mundo. Já falei sobre amor, saudades, racismo, altruísmo, coragem, irmandade, proteção, tristeza e outros temas que serão super úteis no futuro para eles”, ressaltou.
Por fim, ele contou qual foi a carta mais difícil e a favorita que ele já escreveu. “Sem dúvida alguma a mais difícil de escrever foi a carta que falo sobre o amor e como eu e a mãe [dos filhos] éramos amigos de infância – essa carta é uma das minhas preferidas e sei que poderá ser a dos meninos também. O interessante é que tem algumas cartas que servem para os dois, mesmo antes do nascimento do meu segundo filho”, finalizou.
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