Publicado em 28/05/2022, às 07h48 por Helena Leite, filha de Luciana e Paulo
De acordo com dados do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) do Ministério da Saúde, até a segunda semana de maio, foram registrados 855.910 casos prováveis de dengue em 2022. O número representa 165,7% casos a mais do que os resgistrados no mesmo período do ano passado.
O principal motivo para esse aumento está no retorno após o isolamento social vindo com a covid-19. Agora, com as pessoas circulando mais, é esperado que aumente também o contato entre mosquito e humano, que faz com que a infecção aconteça e os números aumentem.
Quando falamos sobre a contaminação mais grave da doença, os números são um pouco mais tranquilos se compararmos com 2019, período antes da pandemia de covid-19. Em 2019, houve 21.016 casos graves da doença. Em 2022, já são 9.318 infectados com gravidade (44,3% do total daquele ano).
Agora, vivemos uma realidade com as doenças mescladas: um aumento no número de pessoas contaminadas com a dengue e o vírus da covid-19, que ainda está no ar e contaminando muita gente. Por isso, é importante saber como diferenciar os sintomas das duas doenças, para saber quais passos seguir.
Os sintomas da dengue e da ômicron podem ser bem semelhantes. Justamente por isso, é importante saber diferenciar entre as duas para saber qual o tipo de teste procurar. Vale ressaltar que, em ambos os casos e sempre que a dúvida bater, o correto é procurar um médico para conseguir entender o que está acontecendo e qual a melhor forma de tratar. Veja abaixo os sintomas e diferenças entre as duas:
“Os sintomas da variante estão mais relacionados ao quadro original do coronavírus”, explica o dr.Filipe Prohaska, pai de Letícia e Luisa, infectologista da Oncoclínicas: quadro inflamatório gripal, congestão e secreção nasal sem comprometimento pulmonar, mas que em alguns casos pode haver necessidade de internação.
De acordo com Prohaska, a dificuldade em identificar a dengue de uma contaminação pela Ômicron acontece porque as doenças se manifestam de maneira parecida no começo dos ciclos. “Estamos em um período em que a dengue é muito comum. A evolução dos dois tende a ser diferente: a dengue dá dores no corpo de forma mais intensa junto com a febre, enquanto a covid-19 possui sintomas mais respiratórios e com a congestão nasal”.
Existem dois tipos de tratamento para a dengue, dependendo da manifestação dela no corpo do infectado: com medicação para aliviar a dor causada pela inflamação no corpo, aliado à hidratação rigorosa; e internação quando o quadro evolui para febre hemorrágica a partir do quinto dia de doença. “Nesse caso, o corpo dá sinais de alarme: dor de cabeça, queda de pressão, dores abdominais e falta de ar. É preciso ter muito cuidado”, enfatiza o especialista.
Prohaska reforça que a melhor maneira de identificar as doenças é realizando exames. Isso ajuda a fechar o quadro do diagnóstico e, dessa maneira, tratar cada problema de maneira adequada. Além disso, é preciso ficar atento com o acúmulo de água que facilita a criação do mosquito e propagação da dengue. Em tempos de chuva, certifique-se de eliminar pontos de água parada.
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