Família

Como falar sobre política e ideologias da família com as crianças?

Os pais devem conversar com as crianças e explicar, sempre de uma maneira lúdica, o que está acontecendo no país e o porquê - reprodução Parents / Pinterest
reprodução Parents / Pinterest

Publicado em 29/10/2018, às 14h59 - Atualizado em 13/01/2021, às 12h31 por Jennifer Detlinger, Editora-chefe | Filha de Lucila e Paulo


Em tempos de eleições e turbulências políticas, é comum aparecerem dúvidas e preocupações sobre o assunto em relação às crianças. Afinal, em um mundo cada vez mais conectado, as crianças têm acesso fácil às informações pelos mais variados meios de comunicação e redes sociais.

Segundo o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), oito em cada dez crianças e adolescentes (82%) com idades entre 9 e 17 anos — o que representa cerca de 24,3 milhões de pessoas no Brasil — usam a internet. Por isso, diante de uma sociedade cada vez mais politizada e preocupada com o futuro da nação, é importante saber como transferir valores significativos relacionados à política para as crianças e adolescentes.

Os pais devem conversar com as crianças e explicar, sempre de uma maneira lúdica, o que está acontecendo no país e o porquê (Foto: reprodução Parents / Pinterest)

Sem forçar a barra

Para o psicólogo Aurélio Melo, pai de Alexandre e Gabriel, os pais devem conversar com as crianças e explicar, sempre de uma maneira lúdica, o que está acontecendo no país e o porquê. “Uma forma de esclarecer é pegar um exemplo dentro da realidade da criança. Por exemplo, dizer que assim como existe um presidente no país, existe um representante na escola, um zelador no condomínio, alguém responsável por tomar decisões para o bem de todos”, conta Melo.

Segundo especialistas, você não precisa impor um diálogo sobre o assunto, principalmente com crianças muito novas. Para Luciana Brites, psicopedagoga, mãe de Helô, Gustavo e Maurício, o ideal é esperar os questionamentos que surgem naturalmente e só a partir disso, dar explicações. “Os pais devem estar sempre abertos para explicar o que é política e a importância do assunto. Mas sempre só respondendo apenas o que a criança perguntar e evitar dar grandes explicações filosóficas além da dúvida dela”, recomenda.

As discussões podem gerar conflitos por conta da ignorância e até mesmo extremismo político (Foto: Getty Images)

Cuidado com o que se fala

Falar mal dos candidatos ou de partidos políticos na frente das crianças pode causar problemas futuros, como intolerância, falta de discernimento e agressividade. “A criança é uma esponjinha, absorve aspectos positivos e negativos. Procure não fazer esse tipo de comentário perto delas, e só fale de política quando ela tocar no assunto, pois caso contrário, fica chato e vazio”, explica Melo.

Além disso, muitas vezes as discussões podem gerar conflitos por conta da ignorância e até mesmo extremismo político, portanto é importante que as famílias transmitam os valores éticos, princípio de coletividade e respeito em casa. “Ao comentarem sobre política, os pais precisam deixar claro que não concordam com uma determinada postura ou posição e que não odeiam a pessoa ou político. É importante mostrar que nós vivemos em uma democracia e, por isso, cada um tem sua opinião e precisamos respeitá-las”, explica Luciana.

É importante que as famílias transmitam os valores éticos, princípio de coletividade e respeito em casa (Foto: Freepik)

Dê o exemplo

A família e a escola podem estimular nas crianças um senso crítico com boas bases para que elas desenvolvam seu próprio conceito sobre a política. Mas além disso, é importante dar o exemplo em casa. “A criança não vai entender a posição política, mas sim o exemplo dado pelos pais. A forma com que você se relaciona e trata as pessoas, como dialoga e negocia, fala muito mais do que a própria questão política”, explica Luciana.

Além dos pais, a escola pode esclarecer as dúvidas sobre o assunto. Para tornar essa explicação mais divertida e interessante, a instituição pode simular uma eleição com os alunos, escolhendo um candidato, expondo propostas e pensando em soluções. Essa atitude traz o assunto para o cotidiano das crianças de uma forma saudável.


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