Família

Irmãos de bem

Imagem Irmãos de bem

Publicado em 05/09/2012, às 15h46 - Atualizado em 22/12/2020, às 14h50 por Redação Pais&Filhos


Cena 1
O seu segundo bebê acaba de nascer e está no seu colo, na maternidade. Uma das avós chega trazendo o seu primeiro filho pela mão. Ele está todo animado e fez até um desenho para o recém-chegado. Dá um beijo na bochecha do bebê, diz que o ama bastante e, então, pede: “Posso ajudar a cuidar dele, mamãe?”

Cena 2
Você cai na real. Sim, o mais velho ama o mais novo. Mas não está acostumado a compartilhar os holofotes. Prepare-se. Ele pode fazer cena e até agir como bebê. Isso tudo é difícil, mas supernormal. Só não acredite que as crianças serão inimigas. Elas têm grandes chances de se dar bem, ainda mais se você ajudar. Conheça os tipos mais comuns de redação e como lidar com elas.

O centro das atenções
Ele fará tudo para receber mais sua atenção. Prepare-se para ouvir – ainda mais – aquele “Manhêêêêêê!” ou “Papaaaaaaai, vem aqui!” ou, então, “Cortei minha testa na pia do banheiro e agora a gente vai poder se divertir juntos indo ao hospital.” Vale qualquer coisa sem o bebê. Até injeção na testa.

Como agir. Cuidar de recém-nascido é uma tarefa de tempo integral, a gente sabe como é: às vezes, mal dá pra tomar banho. Então, como você pode ajudar uma criança que acaba de perder seus status de “única” a sentir que ainda é importante? Talvez não dê para leva-lo agora ao playground, só você e ele (o bebê está chorando de novo e não tem ninguém pra ajudar), mas tire proveito dos raros momentos livres, “Mesmo cinco minutos em que você consiga contar uma história ou brincar um pouco vão fazer uma diferença enorme para a criança”, diz a pediatra Laura Jana.

O agarradinho
Este irmão mais velho até aceita bem a chegada do bebê, desde que ele possa ficar no seu colo enquanto você amamenta. Ah, e tem que ser a mamãe que corta o sanduíche, escova os dentes, lê a história na hora de dormir, coloca o pijama e puxa o cobertor. Quando Daniel, de  2 anos, conheceu seu irmão Gabriel, ele o enchei de beijos. “Mas começou chorar assim que comecei a amamentar o bebê”, conta a mãe, Orsi Hubert. “Toda vez que eu me sentava para dar de mamar, ele ficava me agarrando, pedindo atenção.” Então, a mãe começou a amamentar escondida – em outro quarto.

Como agir. Tire um tempo apra brincar ou ficar junto com seu filho mais velho antes de alimentar o bebê ou depois que o puser para dormir. Sente-se com ele no chão, com alguns brinquedos, e brinque com ele. Peça sua ajuda nos cuidados com o bebê. Sugira que ele a ajude a escolher a roupa que o irmão irá usar, esse tipo de coisa. Ou tente o truque de Orsi: ela explicou a Daniel que, como já é um menino grande, recebe seu leite de caixinha, enquanto seu irmão precisa mamar no peito.

O amigo da onça
A criança adora dar abraços e beijos no recém-nascido – na maior parte do tempo. Mas, em outras vezes, ela ama o bebê um pouco intensamente demais. A menina Sydney Jense, de 2 anos, ficou muito feliz em se tornar a irmã masi velha de Jakob. Seus pais, Stephanie e Mike, incluíram a filha em cada passo do ritual de preparação para receber o bebê. Mas o entusiasmo com a novidade de ter um irmão recé-nascido passou logo que ela percebeu que, bem, ele era um bebê sem grandes recursos a não ser chorar, mamae e fazer xixi e cocô o tempo todo. “Sydney logo se entediou com ele”, diz Stephanie. “Tive de ficar bem perto e me assegurar de que ela não brincasse de maneira muito agressiva com o bebê”. Não, filha, nada de brincar de atirador de facas com seu irmão…

Como agir. Mostre a maneira correta de tocar ou acariciar o bebê “vê como eu seguro ele em meus braços? Ele se sente bem com isso”). Capriche no elogio quando a criança o trata do jeito certo, e seja sutil quando necessitar corrigi-la: “Gosto da maneira que você beija a testa do bebê. Agora, não o aperte tão forte da próxima vez que for abraçá-lo”.

O advogado de acusação
Como mãe, você é culpada de traição  (como pôde ousar ter outra criança?), omissão (afinal, não apareceu para brincar de trenzinho com ele) e negligência( você esqueceu ou não de colcoar o ketchup no nugget?). No veredicto dele, frases comuns são “eu não gosto mais da mamãe!” e “nããããããão, o papai faz pra mim!”. QUando Nicole Wilbanks trouxe seu novo bebê, Braden, para casa, Gracie, de 3 anos, recusou-se a conversar com a mãe enquanto ela estava com o bebê no colo. “Ela nem sequer comia quando Braden estava por perto”, conta.

Como agir. Reconheça os sentimentos da criança dizendo algo na linha: “Filho, eu sei que você fica zangado quanbdo a mamãe está ocupada cuidando do bebê”. Não fique arrasada se ele lhe der as contas e preferir ficar com o pai. Isso passa, Mesmo assim, peça que seu amrido fique um pouco com o bebê durante ao menos um peuqneo período, todos os dias, para que você possa ter um tempo exclusivo com a criança mais velha.

O bebezão
Ele ja saiu da fralda há meses, mas, desde que o novo bebê chegou (e usa fraldas), seu filho meio que pensa que elas voltaram à moda. O mesmo acontece com a chupeta que ele já havia abandonado no ano passado. Vai haver momentos em que você se perguntará se seu filho mais velho vai voltar a mamar no peito só para passar mais tempo com você. É dureza.

Como agir. Calma. Não se apavore se a criança regredir. É temporário, diz Sybil Hart, autora de Preventing Sibling Rivalry (Prevenindo a rivalidade entre irmãos). Tente permanecer tranquila e compreensiva. Se ele fizer xixi nas calças, diga: “Não tem problema, você quase chegou a tempo no banheiro. Na próxima vez me avise um pouco mais cedo, e iremos juntos”. Se ele ainda usa fralda, toma mamadeira ou usa chupeta, dê um tempo antes de tentar tirae, sugere a dra. Tanya Altmann.

O valente chorão
Ele é o irmão do ano. Você não o ouvirá proferir uma única queixa sobre o novo bebê. Isso na sua frente, claro. No parquinho, ele agora chora por tudo, mesmo que antes fosse um santo; e, na classe, ele começou a empurrar as outras crianças e se transformou numa estranha criança antissocial. O filho de 2 anos do dr. Altmann, Avrick, tornou-se supersensivel depois que seu irmão nasceu. “Avrick tratava Collen muito bem, mas começava a chorar ou a ter ataques quando estávamos fora de casa. Isso sem contar que exigir carinho, atenção, abraços e beijos de mim todo o tempo.”

Como agir. É típico esse quadro de o irmão mais velho segurar a onda dentro de casa e acabar “desmoronando” quando depara com frustações menores lá fora. Essa sensibilidade repentina significa que ele se sente deslocado pelo bebê. A melhor estratégia: “Jogo de cintura”, diz o dr. Hart. Não é o melhor momento de sair para brincar com um amiguinho daquele que sempre pega todos os brinquedos e não quer largar nunca mais. Um pouquinho de atenção extra pode parecer mimo, mas, na verdade, não é. Na próxima vez que ele se sentar no seu colo para escutar uma história, tente não interromper o momento assim que o bebê chorar. Acabe o livro primeiro ou avise que você vai acabar a história em alguns minutos. Tente deixá-lo tranquilo: “Querido, sei que Janie toma muito do seu tempo, mas você sempre será meu filho querido.”

Cuidando do número 1

– Deixe-o perceber que você também está se adaptando à nova realidade.
Uma observação do tipo “você já contou quantas evzes eu tenho que trocar as fraldas do seu irmão?” pode ajudar.

– Reserve um tempo exclusivo para ele.
Ler um livro ou contar uma história para ele é algo que só toma alguns minutos e demonstra a seu filho que você gosta de dar atenção a ele.

– Ria um pouco da situação. Quando o recém-nascido estiver aos berros, diga algo como: “Você não gostaria que ele tivesse vindo com um botão de desliga?”

– Recorra às velhas e boas tradições.
A estratégia de comprar um presente para o irmão mais velho e dizer que foi o irmãozinho que deu costuma funcionar.


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