Publicado em 28/10/2021, às 08h24 - Atualizado às 08h27 por Sandra Lacerda, filha de Sandra e José Leonardo
Em Birmingham, Inglaterra, uma mãe ficou furiosa ao perceber que seu filho de 7 anos não sabe soletrar o próprio nome. A escola ameaçou reprovar o menino e a mãe acusa a instituição de não ter feito o seu papel da forma correta durante a quarentena.
O garoto que tem dificuldades em manter a concentração também não aprendeu a ler e nem a contar. Saria Ullah disse que não tinha ideia do quanto seu filho estava atrasado. Para ela, os professores da Escola Primária da Igreja da Inglaterra de St Mary em Selly Oak arruinaram a infância do menino. Em entrevista ao portal Birmingham Live, Saria disse: “Ele mal consegue soletrar seu nome. Ele deveria estar lendo livros, mas agora ele não pode fazer nada disso”.
Ela também acusou os professores de não comunicarem a gravidade das necessidades adicionais de seu filho. “Nas noites dos pais me disseram que estava tudo bem. Sim, ele está atrasado. Sim, ele não está progredindo tão bem quanto você deveria, mas nunca me disseram que as coisas são tão sérias quanto são. A palavra dislexia nunca foi mencionada, TDAH, problemas sensoriais do autismo, nada disso foi mencionado”.
A mulher esperava que a escola pudesse monitorar o progresso de seu filho e ajudar a fornecer suporte adicional, conforme anunciado em seu site. Mas ela afirmou que o departamento de Necessidades Educacionais Especiais (SEN) não ofereceu nada satisfatório, dando apenas uma reunião nos três anos que seu filho está na escola. Durante essa reunião, Saria disse que foi prometido que seu filho receberia trabalhos escolares dedicados com metas personalizadas, mas isso nunca aconteceu.
Ela disse que tentou várias vezes retificar as coisas com a escola, inclusive recorrendo aos serviços infantis, mas nenhum apoio foi fornecido. Tudo isso fez com que sua família se sentisse um fracasso. “Honestamente, estou dando o meu melhor, mas me sinto muito deprimida e às vezes como uma mãe fracassada”, disse Saria.
A mãe também contou que o menino tem dito coisas como “Eu sou estúpido” e “Eu sou burro”, isso porque, segundo ela, “seus níveis de confiança estão muito baixos”. Após as várias reuniões entre a escola e a família, os pais do menino decidiram transferi-lo para outra instituição.
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