Família

Mulher que tinha dois filhos se tornou mãe de sete em menos de dois anos

A família antes da chegada dos gêmeos (Fotos: Reprodução / Instagram @jburgarelli)
A família antes da chegada dos gêmeos (Fotos: Reprodução / Instagram @jburgarelli)

Publicado em 27/08/2020, às 13h40 - Atualizado em 28/08/2020, às 12h59 por Camila Montino, filha de Erinaide e José


A brasileira Jaqueline James, de 33 anos, já tinha dois filhos quando o irmão e a cunhada morreram, e ela adotou os três sobrinhos. Menos de dois anos depois, decidiu cuidar temporariamente de um casal de gêmeos abandonado no hospital – e acabou se apaixonando pelas crianças. A mãe de sete resolveu contar mais detalhes sobre como ocorreu a adoção e criação dos filhos para a revista Glamour. Confira:

A família antes da chegada dos gêmeos (Fotos: Reprodução / Instagram @jburgarelli)

“Cheguei em Ohio, nos Estados Unidos, em setembro de 2005. Tinha 19 anos e estava recém-casada com um americano que trabalhava entre lá e cá. No ano seguinte, tive André, meu primeiro filho e, seis meses depois, me separei. O começo foi difícil. Ainda não falava bem inglês, sentia falta da família e dos amigos. Em menos de um semestre, no entanto, estava atrasada para buscar meu filho na casa da babá e fui parada no trânsito por dirigir acima do limite de velocidade. Assim conheci José, o homem que mudaria minha vida. Ele é policial, tem um coração enorme e é quase 18 anos mais velho que eu. Em 2011, tivemos nosso primeiro filho, José Junior, e completamos a família. Era o que eu achava.

Em maio de 2014, porém, meu irmão morreu. Ele morava no Rio, levava uma vida louca e, além dos dois filhos que ninguém da família conhecia ainda, deixou uma mulher com cirrose em fase terminal. Sete dias depois, ela morreu também e minha mãe ficou responsável pelos dois netos, João Paulo e Daniel, e por Sarah, que era filha dela com outra pessoa. Os três com idades aproximadas.

Assim, de uma hora para outra, minha mãe, na época com 70 anos, teve que abrigá-los. Me responsabilizei financeiramente por eles, mas era minha mãe quem cuidava das crianças. Elas já tinham sofrido muito na vida, chegaram a morar na rua e pedir comida no semáforo. Estava na hora de serem bem cuidadas. Acontece que minha sobrinha mais velha também morava com ela e, muito ciumenta, fez da vida deles um inferno. Os relatos de brigas eram constantes e eu, que morava a quilômetros de distância não tinha muito como intervir. Até o dia em que ela bateu nos meninos e meu marido, que tem o coração enorme, sugeriu que adotássemos os três. Na mesma hora, ligamos para o Brasil e avisamos a minha sobrinha que, a partir daquele momento, João Paulo e Daniel e Sarah tinham pai e mãe.

Filhos reunidos (Fotos: Reprodução / Instagram @jburgarelli)

Depois de muita luta, em março de 2017, conseguimos adotar os três. Eles rapidamente se adaptaram à rotina americana, foram super bem recebidos pelos irmãos e por nossos amigos. Agora sim a família parecia de verdade completa. Mas, mais uma vez, eu estava enganada.

Em agosto de 2019, uma mulher que frequentava a mesma igreja me contou da tragédia que sua família estava vivendo. Drogada como meu irmão, sua sobrinha havia tentado fazer um aborto em casa. O procedimento, porém, não havia dado certo e ela teve que ser hospitalizada. Os bebês nasceram com vida, mas foram direto para UTI. Sua mãe os deixou ali e nunca mais voltou para vê-los. O governo do Arizona ficou com a custódia deles e, quase um ano depois, sua irmã (a avó das crianças) os levou até nossa cidade para entregá-los a um casal. Eu estava na igreja, quando a vi chegando com os bebês em um carrinho duplo. O menino chorava demais, a menina só ria.

A família reunida (Fotos: Reprodução / Instagram @jburgarelli)

Acontece que, nesse meio tempo, o tal casal que ficaria com eles havia engravidado e não queria mais as crianças. Avó e netos viveram em um trailer por alguns meses, até que o conselho tutelar foi buscá-los. Angustiada com aquela situação, falei para o meu marido: ‘Vamos ajudar essa senhora até ela se estabilizar’. Onde comem cinco, comem sete. No começo, a avó perguntou se nós poderíamos adotá-los de vez, mas nós sempre dissemos que aquela era uma situação temporária. Cheguei até a esconder das minhas amigas que estava com eles porque não queria me envolver demais. Sabia que sofreria quando tivesse que devolvê-los. Depois de um mês conosco, no entanto, Alisson e Bradley foram passar o fim de semana no trailer da avó e mal conseguimos pregar o olho. Ligamos de hora em hora para saber se tinham comido, dormido, tomado banho. Foi aí que me dei conta que já éramos pais deles e não sabíamos.

Alisson nasceu com muitas sequelas, mas os médicos ainda estão tentando diagnosticá-la. Bradley é um garotão praticamente saudável, apenas com algumas limitações motoras. O processo de adoção ainda não foi concluído, e eles continuam vendo a avó biológica – a genitora, porém, nunca mais apareceu.

Há seis meses, voltei a trocar fraldas, dar comida na boca e acordar durante as madrugadas. Mas, sinceramente, não sei como seria minha vida longe deles. Sarah está com 14 anos, André com 13, João Paulo com 10, José Junior e Daniel com 8 anos, Alisson e Bradley com 2 anos e oito meses. Juro que não sabia que cabia tanto amor assim dentro do meu peito. Mas em coração de mãe cabe tudo”, finalizou ela.


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