Família

Papai Noel existe, sim!

Imagem Papai Noel existe, sim!

Publicado em 13/12/2013, às 15h35 - Atualizado em 24/06/2015, às 15h52 por Redação Pais&Filhos


Você acredita em Papai Noel? Não queremosa resposta óbvia. Pense mais um pouco. Lembre da sua infância. Da Noite de Natal. Você ficava acordadoaté tarde? Corria de manhã paraver se os presentes estavam embaixo da árvore?Fizemos essa pergunta na nossa FanPage no Facebooke ficamos surpresos com a resposta. Positivamentesurpresos: 80% disseram que acreditam nobom velhinho e reconhecem a importância dele. Se você acredita, é provável que entenda e valorize o mundo de fantasia em que seu filho vive, sobretudose ele tiver até por volta de 7 ou 9 anos.

Pois, se você é do tipo cético, temos uma razão amais pra você acreditar também. Ele existe (mesmo!) e mora na Lapônia, uma região da Finlândia. Ali, tambémfica o correio que recebe as cartas das crianças do mundo inteiro, o parque de diversões Santa Park euma floresta com 50 renas. O jornalista Marcelo Duarte,pai de Rodrigo, Beatriz e Antonio, autor da sériede livros Guia dos Curiosos, esteve cara a cara com oPapai Noel em 2003 e fez uma entrevista com ele, publicadaaqui na Pais & Filhos naquela época. “Sempre incentivei essa fantasia com meus filhos”, conta.

O velhinho de barba branca significa muito mais para uma criança do que o cara que traz presentes no Natal. Sem menosprezar os tão esperados pacotes,o grande trunfo do Papai Noel é mesmo estimular a imaginação. Ficar fantasiando sobre como ele fabricae entrega todos aqueles brinquedos, como consegue passar por todas as casas em apenas uma noite,como faz para entrar sem ser visto… É tudo mágico. E você pode ajudar. Escrever a carta, pendurar as meias na lareira, ou os sapatinhos na janela, deixar uma bandeja com leite e biscoitos pra que ele faça uma ceia antes de retomar a volta ao mundo são rituais dos quais seu filho vai lembrar pra sempre. Como diz Ziraldo, o eterno Menino Maluquinho, a infância passa rápido, mas dura a vida inteira. E é nosso papel ajudar a criar essas memórias. “Claro que sim (acredito)! É uma magia maravilhosa, é a melhor fase da infância. Passar isso para o filho está sendo melhor ainda…”, disse Marcelle Akiyoshi de Oliveira, na nossa página no Facebook.

Tem criança que jura ter visto ou ouvido quandoo velho Noel entrou na noite de Natal. É tão gostosover as carinhas felizes e assombradas, imaginandoo que aconteceu e transformando suas fantasias em realidade. As crianças têm esse poder… É só a gente não atrapalhar.

E, se você não acredita no poder da imaginação, a gente lembra a frase daquele que é sinônimo degenialidade e pensamento racional, ele mesmo, Albert Einstein (1879-1955), que dizia que a imaginação é mais importante que o conhecimento. Ela é a base da criatividade – aquela mesma que será supervalorizada durante toda a vida do seu filho.

Sem falar que o Papai Noel é, simbolicamente,um protetor, o que atende ao desejo infantil desegurança. Seu sorriso transmite a ideia de felicidade. E saber que ele voltará todo ano, nessamesma época, ajuda a organizar o tempo para acriança. Não é que a gente fica meio atrapalhado de ver as árvores sendo montadas ainda em outubro, com a sensação de que o tempo está acelerado? Ter um calendário do advento, aquele que marca cada dia do mês que antecede o Natal, vai ajudando a criança a lidar com a expectativa,a tornar mais concreto um conceito tão abstrato quanto o tempo. Arrumar a árvore todo ano com os mesmos enfeites reforça a sensação de que ascoisas vão e vêm. Conseguir colocar a estrela lá no alto mostra como seu filho já cresceu. Reunir a família reforça a sensação de pertencer. Todos essesrituais são importantes. E deliciosos.

Naquela mesma entrevista com o Papai Noel, em 2003, perguntamos por que as crianças pobresnão ganham presentes no Natal, um grande argumento contra acreditar nele. “Precisamos lembrar que o mais importante não é o presente, mas a intenção e os bons pensamentos quevão com ele. Mas é verdade que existem muitas crianças cuja vida não é do jeito que deveria ser. É um grande problema, que me deixa muito triste. É um desafio para toda a humanidade. Mas, como sempre digo, as crianças não devem jamais deixar a esperança de lado, nem desistir de seussonhos”, respondeu.

Pois é, o Papai Noel tem muito mais vantagens doque aquela de fazer as crianças se comportar em bemem troca de presentes. Aliás, evite usar o bom velhinho para disciplinar seu filho. Seja você a autoridade. Deixe Papai Noel fazer o que só ele pode fazer. “Isso pode desvalorizar a imagem paterna quando a criança descobrir a verdade. A desvalorização está ligada não à falsidade da história do Noel, mas ao emprego de sua figura como escudo para manter a disciplina. É que a criança parece sentir certa insegurança nos pais que precisam utilizar uma autoridade sobressalente, representada pelo mito”, dizíamos em nossa primeira edição de Natal, em dezembro de 1968, na reportagem “Papai Noel: Sim ou Não”.

Por falar em descobrir a verdade, isso costuma acontecer na fase entre os 7 e 9 anos, quando a criança desenvolve um pensamento mais racional e concreto, deixando aos poucos as fantasias de lado. Nem é preciso contar, eles descobrem sozinhos. E, se não for a hora de abrir mão da fantasia, seu filho vai seguir acreditando, mesmo contra todas as evidências. Nossa diretora editorial, Mônica Figueiredo, conta que um dia ouviu uma conversa da filha com uma amiga. A amiga dizia: “Você sabia que aqueles presentes não são trazidos pelo Papai Noel? São os pais que compram”. E Antonia, a filha, explicava: “Não. Aqueles são os presentes dos pais. Os do Papai Noel são outros”. Ao que a amiga respondeu, aliviada: “É mesmo? Ufa”.

Sim, pode ser que, um dia, ele pergunte: “Éverdade que o Papai Noel não existe?” Tenha em mente que se ele está perguntando é porque aindatem dúvida, senão nem perguntaria. Uma boasaída é dizer: “Ele existe e aparece só para quemacredita. Você acredita?” Nós, como 80% dos nossosleitores, acreditamos. “Incentivo minha filha a escrever cartinha e tudo.Quem não acredita deveria experimentar ser o Papai Noel de alguém… Talvez assim consiga sentir e entender a magia”, disse a leitora Flavia Serpa, mãe de Luana, na nossa página no Facebook. Quando perguntamos por que tantos adultos insistem em dizer que Papai Noel não existe, ele sacudiu a barriga e, depois e um sonoro hohoho, respondeu: “Espero que você não conheça muitos adultos assim. Eu, pelo menos, não conheço”.

Escola de Papai Noel

Para ser um bom Papai Noel, é preciso estar preparado, saber se comportar como ele, ter paciência com as crianças (muitas crianças) e, acima de tudo, jogo de cintura para contornar as perguntas embaraçosas que elas costumam fazer. Para isso, existem cursos preparatórios para os candidatos. No Rio de Janeiro, a Escola de Papai Noel do Brasil existe há 20 anos. Nas aulas, que são gratuitas, os alunos realizam exercícios teatrais, musicais e trabalho de corpo – rola até uma musculação. Também fazem parte do curso aulas de improvisação, dicção, interpretação, postura, figurino, trabalho de grupoe maquiagem. “O Papai Noel tem que saber improvisare dar sempre uma resposta, porque você nunca sabe oque a criança vai falar”, conta Limachem Cherem, ator e professor da Escola de Papai Noel do Brasil, pai de Sluchem, Slamny e Alexandre.

A Verdade sobre o Papai Noel

Se o trenó saísse do Quirguistão e voasse no sentido contrário ao da rotação do planeta, o bom velhinho conseguiria completar a missão de distribuir todos os embrulhos em 48 horas

São Nicolau

O Papai Noel na verdade foi inspirado no bispo Nicolau, que viveu na cidade de Myra (Turquia) no século IV. Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava um saco com moedas de ouro na chaminé das casas. Foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos.

Data de nascimento

A Igreja Católica propôs fixar a data deentrega de presentes de São Nicolau no dia 25 de dezembro, para coincidircom o nascimento de Jesus. Nicolau virou, então, Noel, que significa natal (“que está relacionado ao nascimento”) em francês.

Primeiro idioma

O primeiro país que consagrou o bispo como símbolo natalino foi a Alemanha. O escritor Clement Moore, no século XIX, fez um conto sobre umbom velhinho chamado São Nicolau, que morava no Polo Norte e, com seu trenó, distribuía presentes. A história se popularizou e correu o mundo.

A cavalo

Nessa época, Papai Noel era retratado como um bispo montado em um cavalo. A imagem que se tem hoje apareceu em 1862. Foi obra do cartunista norte-americano Thomas Nast, que retratou São Nicolau como um senhor baixinho descendo pela chaminé. Em 1866, Nast pintou a roupado velhinho de vermelho. As barbas e a expressão simpática foram acrescentadas depois, em um comercial da Coca-Cola que foi ao ar pela primeiravez em 1931.

Pátria duvidosa

Apesar da evidência histórica de queo bispo Nicolau seja natural da Turquia, outros três países também disputamo posto de lar do Papai Noel. Os moradores da Groenlândia juram que São Nicolau mora até hoje entreas geleiras do nordeste do país, em um vale secreto. Ele seria um velhinho de mais de 500 anos, com habilitação para dirigir trenós. Na Lapônia sueca, a suposta residência do barbudo virou até patrimônio cultural, e é mantidacom subvenções da União Europeia. Mas a casa mais visitada mesmo é a da Finlândia. O local fica na cidade de Rovaniemi, capital da Lapônia finlandesa, no Círculo Polar Ártico.

Volta ao mundo em 48 horas

Nem Finlândia, nem Suécia, nem Groenlândia, nem Turquia. O país em que o Papai Noel ficaria mais bem localizado para cumprir sua função de entregar presentes seria o Quirguistão, na Ásia Central. Se o trenó saísse de lá e voasse no sentido contrário ao da rotação do planeta, o bom velhinho conseguiria completar a missão de distribuir todosos embrulhos em 48 horas.

A rena do nariz vermelho

As renas são os animais responsáveis por ajudar o Papai Noel a distribuir presentes às crianças mundo afora na noite de Natal. São nove animais, sendo que um deles – Rodolfo – tem o nariz vermelho. Rodolfo surgiu em 1939, como um trabalho de divulgação da loja de departamentos norte-americana Montgomery, que distribuiu mais de 2 milhões de livretos com um poema natalino sobre uma rena de nariz vermelho. Em 1949, Gene Autry gravou uma versão musicada de Rudolph, the Red Nosed Reindeer que se tornou rapidamente um dos singles mais vendidos nos Estados Unidos.

Bom comportamento

A Bélgica é um dos únicos países em que o bom velhinho não é conhecido como Papai Noel. Lá, a tradição de que só os bem-comportados ganham presente de Natal é levada a sério. No dia 4 de dezembro, São Nicolau visita a casa de todas as crianças para saber quem se comportou direitinho. Dois dias depois, ele volta para pôr os presentes nas cestinhas de quem passou no teste. Em contrapartida, as crianças deixam cenouras para alimentar as renas.

Falando chinês

O Papai Noel chinês é chamado pelas crianças de Dun Che Lao Ren (“homemvelho do Natal”). O costume dese comemorar o Natal ainda é novopor lá. Alguns chineses montam árvoresartificiais em suas casas, decorando-as com enfeites feitos de papel,como flores e lanterninhas.

20 milhões de km/h

Há 2,2 bilhões de crianças no mundo, distribuídas em 956,5 milhões de casas, a uma distância média de 20 metros uma da outra. Para cumprir sua missão de entregar presentes a todas as crianças do mundo em uma única noite, o Papai Noel teria de viajar a 20 milhões de quilômetros por hora. Ainda assim, restariam apenas 34 microssegundos para o bom velhinho descer a chaminé, tomar leite, comer biscoitos e deixar os pacotes embaixo da árvore a cada parada. Missão nada impossível para a fantasia de uma criança.

Se Papai Noel existe ou não foi o tema do primeiro episódio da série Blá, blá, blá, da Pais & Filhos TV. Confira:


Palavras-chave
Comportamento

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