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Previdência privada infantil: tudo que você precisa saber

previdência infantil

Publicado em 23/10/2015, às 12h48 - Atualizado às 12h55 por Adriana Cury, Diretora Geral | Mãe de Alice


previdência infantil

Quando começamos a planejar a gravidez, geralmente já vamos direto aos itens que consideramos os mais importantes: enxoval, decoração do quarto, quantidade de fraldas que iremos comprar, carrinho, brinquedos e assim vai… A lista é enorme e não para por aí, claro. Quando, finalmente, nosso filho nasce, os gastos aumentam e a preocupação também. Já pensamos longe: pagar a faculdade, um intercâmbio, as viagens de férias, a compra do primeiro carro… Gastos altos que precisam de um maior planejamento financeiro da família. E aí vem aquele momento de insegurança: “Será que tenho dinheiro para tudo isso?”. A preocupação é normal! Mas existem formas de poupar desde já, e a gente sabe que de grão em grão…

Uma modalidade que cresceu nos últimos anos como opção para poupar dinheiro para o futuro dos filhos é a previdência infantil. Embora a palavra previdência, muitas vezes, sugira a ideia de aposentadoria, neste caso, as duas coisas não estão necessariamente ligadas. Ainda que seja um investimento a longo prazo, normalmente o valor é sacado aos 18 ou 21 anos de idade, dependendo do plano. Também há a opção de continuar investindo, aí vai da necessidade do seu filho.

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Segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), no ano passado os planos para menores de 21 anos arrecadaram R$ 1,1 bilhão, de janeiro a julho. Apenas em março deste ano, o valor arrecadado foi de R$ 185,2 milhões. Se um seguro é feito para uma criança logo após o nascimento, com um investimento de R$ 100 mensais, o total acumulado seria de aproximadamente R$ 45 mil, considerando um retorno de 6% ao ano.
Mas, se o orçamento está apertado, você também pode optar por planos com valores mais baixos. O Banco Santander aceita contribuições a partir de R$ 30. A Brasilprev, que comercializa exclusivamente planos de previdência privada, tem aportes mensais a partir de R$ 25, a menor contribuição do mercado de previdência aberta atualmente. Opções não faltam!

Fernanda Pasquarelli, mãe de Laura e Lorenzo, superintendente de Vida, Previdência e Investimentos da Porto Seguro, afirma que as reservas da empresa cresceram 20% nos últimos 12 meses. “Os brasileiros se conscientizam cada vez mais sobre a importância da formação de um patrimônio. Principalmente na formação da criança que ama e para quem deseja um futuro mais planejado”, avalia.

Cláudio Sanches, diretor de produtos de investimento e previdência do Itaú, explica que na Primeira Previdência, ao aplicar R$ 150 por mês, o beneficiário terá cerca de R$ 50 mil aos 21 anos. “Além do benefício fiscal, a aplicação gera outros resultados, como disciplina de investimento e as primeiras lições sobre educação financeira para a criança”. Imagina que bom seu filho começar a vida com uma grana assim.

Comece cedo!

A dica é: quanto antes você conseguir começar a poupar, melhor. “Se os pais começarem a pensar em poupar desde o momento da gravidez, terão mais tempo para economizar”, afirma o economista José Eustáquio Moreira de Carvalho, vice-presidente do conselho da Fecomércio do Distrito Federal e presidente da Clínica de Economia Comportamental do DF. Com o passar do tempo e o aumento da estabilidade financeira dos responsáveis, é possível aumentar o valor gradativamente.

Vale ressaltar que não são apenas os pais que podem fazer uma poupança ou mesmo um plano de previdência para os mais novos, outros familiares também entram nessa. Um estudo da Brasilprev mostrou que os pais são a maioria entre os responsáveis financeiros dos planos Brasilprev Junior, representando 90% do total, seguidos dos avós (6%), tios (2%) e padrinhos (1%).

No caso de Patricia Broggi, mãe de Luca e Tiago, jornalista, autora do livro Falando de Grana, e nossa embaixadora, seus filhos têm uma previdência que ganharam do avô paterno. Além disso, a avó materna abriu uma poupança e Patricia fez o mesmo que a mãe. Hoje, Luca tem 18 anos e Tiago, 16. O mais novo vai para os Estados Unidos fazer os dois últimos anos do ensino médio e planeja comprar um carro com o valor acumulado em uma das poupanças. O mais velho ainda não decidiu o que quer fazer com o dinheiro.

Envolva as crianças

Uma parte importante do processo é ensinar para os nossos filhos qual é a importância de economizar. Para Patricia Broggi, poupar é uma atitude que deve ser ensinada às crianças desde o momento em que elas têm noção do que é dinheiro e para que ele serve.

A partir daí, é preciso ensinar como gastar da melhor maneira possível. “A ideia é criar o hábito para que os filhos saibam que poupar é uma atividade necessária como escovar os dentes”, ressalta a jornalista. A melhor forma de abordar o assunto é pela consciência do valor e da utilidade das coisas que compramos, não apenas pelo lado da transação financeira.

Quais as vantagens da previdência?

É importante deixar isso bem claro. Na prática, os planos para menores são basicamente iguais aos outros oferecidos em previdência, e a principal vantagem é o benefício tributário. Dependendo do plano, quando chegar o momento da retirada do dinheiro, pode-se optar por renda temporária ou resgate total do valor, a escolha é sua. A economista Ivone Ferraz Anacleto, mãe de Ivan e Ivanna, explica que a caderneta de poupança é uma ótima opção para quem não tem conhecimento aprofundado de finanças, além de ser isenta de Imposto de Renda e taxas de administração.

“Por outro lado, é interessante optar por uma aplicação que exija um período mínimo para sacar, estabelecendo prazos que ajudem a usufruir dos recursos acumulados para custear faculdade e projetos de intercâmbio, por exemplo”, ressalta Ivone. Em tese, todo investimento destinado à poupança e à acumulação de recursos pode servir para esta finalidade. A gente acha superimportante pensar no futuro dos nossos filhos, uma ajuda é sempre bem-vinda, não é mesmo?

Veja algumas dicas que podem ajudar

– Determine um valor mensal para poupar

– Faça uma planilha e anote todos os gastos mensais, dos menores aos maiores

– Avalie o que pode ser cortado e o que é imprescindível

– Tente deixar uma reserva para surpresas que possam aparecer ao longo do mês

Tipos de planos

Para saber qual o melhor plano, é preciso, primeiramente, entender as diferenças entre eles. Como outros fundos de investimento, os planos são divididos em duas categorias: PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). A principal diferença entre eles é a tributação. No PGBL, é possível deduzir até 12% da renda anual do Imposto de Renda (IR) e o imposto é pago no momento do resgate, indicado principalmente para quem faz a declaração completa do IR. No caso do VGBL, durante o período de acumulação, os recursos estão isentos de tributação sobre os rendimentos. No recebimento da renda ou resgate, o IR incide somente sobre os rendimentos, e não sobre o montante, o que pode gerar ganho importante na performance ao final do período de acumulação.

“Os mais procurados são os VGBL, por atenderem a um universo maior de interessados, que são pessoas isentas de Imposto de Renda na fonte, que utilizam a declaração de IR simplificada ou já possuem previdência complementar”, afirma Lúcio Flávio de Oliveira, presidente da Bradesco Vida e Previdência e vice-presidente da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida). Sabemos que encaixar esta despesa nos gastos mensais não é fácil, mas vale a pena fazer esse esforço e garantir o futuro dos filhos!


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Finanças

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