Família

Ter um filho com síndrome de Down: o amor é muito maior que o susto

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Publicado em 06/05/2018, às 10h15 - Atualizado em 14/05/2018, às 14h04 por Jennifer Detlinger, Editora-chefe | Filha de Lucila e Paulo


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Todo mundo tem algo para ensinar e o projeto “Lá em Casa é Assim”, parceria da Pais&Filhos com a Natura Mamãe e Bebê, é a prova disso. A história da formação de uma família pode ter muitos percalços e experiências difíceis, mas o final também pode ser feliz. Esse foi o caso da família da Erika Viola Ferreira.
Depois de um aborto espontâneo, perdas de familiares e de dar à luz Gabriel, de 1 ano e 2 meses, que nasceu com síndrome de Down, ela não se abateu e transformou os obstáculos em amor e felicidade.
Vem conhecer essa história:
“Eu sempre quis ‘brincar de casinha’, mas foi só quando já tinha desistido – e cheguei até a adotar dois gatos para me fazer companhia – que conheci meu marido, Fábio. Depois de planejarmos ter um filho, demorei quase um ano e meio para engravidar, em um processo bem estressante, com muitas consultas e exames de suspeita de infertilidade.
Então, quando finalmente ficamos grávidos, o bebê com 7 semanas já tinha nome, roupinhas, brinquedos e tudo mais. Mas no primeiro morfológico, com 13 semanas, ele não tinha mais batimentos cardíacos. Eu já tinha recebido muita notícia ruim nessa vida, mas nenhuma como essa. Foi avassalador.
Mas com o tempo a tristeza foi passando, trocamos de médico e, após 6 meses, eu estava grávida de novo! Que felicidade! Senti-me linda e ótima na gravidez, mas quando estava com 3 meses de gravidez, descobrimos um câncer na minha avó, meu pai teve que operar o rim devido a um cálculo, e meu marido, ao ficar com ele no hospital e ter muita dor nas costas, foi diagnosticado com um hemangioma no meio da coluna.
Em resumo, durante a gravidez do Gabis, perdemos a bisa, tivemos uma cirurgia do vovô e duas do pai. Sendo que, na segunda, meu marido ficou em coma e eu dormia com ele em uma cadeira reclinável na UTI, com medo de algo ruim acontecer. Isso sem contar um AVC da vovó, no último mês de gestação do Gabis. Apesar de tudo isso, nosso filho cresceu e ficou forte! Mas, apressado que foi, veio aos 8 meses. Nasceu bem, com peso bom, mas teve que ir para UTI, pois estava com queda na saturação de oxigênio.
Aos dois dias de vida dele, recebemos a notícia que o Gabis tem Síndrome de Down. Notícia que não fez a menor diferença para nós como pais. Mas ficamos preocupados com o futuro dele, futuro esse tão distante do nosso alcance.
Foram 15 dias de UTI bem intensos – pais com filhos doentes sofrem demais. Chorei muito quando tive que ir pra casa sem ele, parecia que tinha deixado a alma no hospital. Mas trouxemos nosso bebê pra casa finalmente. Tão lindo! Tivemos (e ainda temos) alguns problemas de saúde com o Gabis como alergia à proteína do leite da vaca, hipotonia muscular com refluxo e engasgos constantes, cardiopatia (ele quase foi para cirurgia), suspeita de hipotireoidismo e imunodeficiência. Resolvemos que não seria bom para ele ir para um berçário e, como não temos nenhuma pessoa de confiança, decidimos como time que meu marido ficaria com ele em casa, mesmo sendo um gerente de projeto de TI.
E então, lá em casa é assim: a Síndrome de Down nos ensina que a gente só pode viver um dia de cada vez e que tudo acontece no tempo certo, mesmo que achemos que não. O Gabis fica com o Fábio enquanto eu trabalho fora e às vezes prefere o colo do pai – dá um pouquinho de ciúme, devo confessar!
Ensina também que tudo passa e que a felicidade está nas pequenas conquistas: uma palminha, uma papinha sem engasgar, a melhora nos exames. E que só um sorriso já faz tudo valer a pena!”
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