Publicado em 10/06/2022, às 09h30 - Atualizado às 09h37 por Cecilia Malavolta, filha de Iêda e Afonso
A gravidez por si só já é um momento muito delicado. Os hormônios à flor da pele, a mudança constante no corpo da mulher, os riscos dos três primeiros meses de gestação – tudo isso torna o ato de gerar uma criança algo sensível. Para as mulheres que, infelizmente, já passaram pela experiência de perder um bebê, ver o positivo de um teste pode gerar um misto de esperança e medo pelo que está por vir.
A tradição de contar sobre uma gravidez somente após as doze primeiras semanas de gestação serve, principalmente, para resguardar a mãe de uma dor maior. É durante esse período que existem maiores chances da gravidez não ir para frente e a mulher perder o bebê. Nem sempre dá para descobrir o que causa um aborto espontâneo, principalmente quando ele acontece bem no comecinho da gestação.
No entanto, algumas investigações podem apontar possíveis motivos. Uma delas é uma condição biológica conhecida como útero bicorno, que pode provocar perdas gestacionais e dificuldade de engravidar. Para se ter uma noção, as chances de uma mulher com essa malformação engravidar é cerca de 25% menor do que em mulheres em o problema. Para entender mais sobre o assunto, conversamos com o Dr. Rodrigo Rosa, ginecologista e obstetra especialista em Reprodução Humana, sócio-fundador e diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo.
O útero bicolor, também conhecido como útero de cordão, é uma malformação uterina. Nessa condição, a mulher possua duas cavidades (uma maior e outra menor) no órgão, o que faz com que haja maior dificuldade para engravidar. O útero bicorno é uma das causas de infertilidade e também aumenta em 33% as chances de uma perda gestacional.
A causa do útero bicorno é uma malformação que acontece quando a mulher ainda é um feto e está em processo de formação dentro do útero da mãe, no que é chamado de período hidrológico. Essa malformação acontece nos ductos de Miller, estruturas responsáveis por dar origem ao aparelho feminino reprodutor.
Para conseguir identificar que a mulher possui útero bicorno, é preciso realizar exames específicos que mostrem a cavidade uterina dela. São eles o ultrassom transvaginal, a ressonância magnética e a histeroscopia. A partir do diagnóstico com um especialista, o médico ginecologista, é possível realizar tratamentos adequados e acompanhar com mais cuidado as tentativas de engravidar.
O único tratamento existente, por enquanto, para a malformação que causa o útero bicorno é a intervenção cirúrgica. Nele, o profissional tenta tirar a parte do órgão em que há um septo dentro da cavidade uterina. Assim como qualquer cirurgia, podem existir complicações. A mais comum é a formação de aderências uterinas que também podem causar infertilidade.
Dr. Rodrigo Rosa explica que, logo no início da gravidez, o embrião se implanta em uma das duas cavidades do útero. Às vezes, essas cavidades são assimétricas e existem mais chances da gestação ir para frente quando o embrião se implanta na maior delas. Quando a implantação acontece na menor cavidade, existe um risco maior de parto prematuro conforme as semanas vão passando.
De acordo com o especialista, mulheres com útero bicorno também possuem uma condição chamada de incompetência istmo cervical, ou colo de útero curto, que se abre antes do final da gestação e requer um procedimento chamado cerclagem uterina para evitar que a mãe entre em trabalho de parto antes da hora.
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