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Já pra fora!

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Publicado em 04/08/2011, às 21h00 por Redação Pais&Filhos


As aulas voltaram, mas isso não significa o fim da diversão. E se você anda incomodado com o excesso de brincadeiras na escola, saiba por que isso é tão bom

Por Mariana Setubal, filha de Cidinha e Paulo

Tem gente que pensa que volta às aulas é sinal de que acabou a brincadeira. Engano. E também tem quem ache que durante as férias as crianças não aprendem… Engano em dobro. Sim, porque brincando o cérebro da criança está a mil por hora. É fácil comprovar: fique 5 minutos observando e você vai ver os pequenos usando palavras que nem imaginava que eles sabiam, inventando diálogos, imitando sons, usando o raciocínio! E, talvez o mais importante, exercendo a criatividade.

Essa palavrinha mágica – criatividade – vai acompanhar seu filho pela vida toda. Sim, crianças criativas se tornam adultos criativos, cheios de ideias e inovações geniais.

Bem, que brincadeira ensina (e muito) a gente já entendeu. Por isso mesmo, a brincadeira tem que estar, sim, nas escolas. E não apenas na hora do recreio, no playground, no pátio… Não, ela tem que estar dentro da sala de aula também. Esse é o jeito mais gostoso e fácil de aprender qualquer coisa.

Brincadeira na sala de aula
Palavras cruzadas ensinam vocabulário. Sudoku ensina estratégia. Amarelinha ensina coordenação motora. Mas ainda podemos ir mais longe… Uma história contada pela criança a ajuda a pensar de maneira lógica, com começo, meio e fim, a aprender novas palavras ou até a inventar algumas (olha aí a tal da criatividade). Já um desenho incentiva outro tipo de linguagem. Falando nisso, a criança diz muito por meio de seus desenhos. 
O importante é deixá-las criar. Você, como pai, mãe ou educador, não deve nunca dizer: “que coisa feia”. Ou “o céu não é vermelho, tem que pintar de azul”. Você pode dar um referencial, mas sem aprisionar a criatividade do pequeno.

A aprendizagem acontece em qualquer lugar mesmo: na praia, numa brincadeira dentro do carro, no parque, no jardim… A diferença é que, na sala de aula, há um objetivo concreto. “Tem muitas situações lúdicas que podem ser feitas dentro da sala de aula e depois formalizadas na aprendizagem. Depois que a criança explorou aquele material, o objetivo deve ser colocado”, explica Quézia Bombonatto, mãe de Rodrigo, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia.

Com os jogos, tipo o Sudoku, a criança aprende a persistência e aprende a tolerar a frustração. Com brincadeiras como o esconde-esconde, aprende a pensar com agilidade, a respeitar regras e a esperar sua vez. Por meio da imaginação, a criança elabora, cria, trabalha a linguagem e a sequência lógica.
E você ainda acha que escola não é lugar de brincar?

Equilíbrio entre brincar e estudar
Tem hora pra tudo. Na escola, os professores devem checar se a brincadeira está trazendo resultados. Fora dela, os pais têm de deixar tempo livre para a brincadeira, mas impor a hora de estudar.

A psicóloga e psicopedagoga Sirlândia Reis de Oliveira Teixeira, mãe de João Lucas, recomenda que os professores sintam se o grupo está melhorando, se os conteúdos estão sendo contemplados, se os alunos estão levando a “brincadeira a sério”. “Isto é, se estão incorporando conhecimento ou se estão brincando sem levar em conta o compromisso com as tarefas pedagógicas.”

Compromisso também é o que os pais devem incentivar nas crianças, segundo Quézia. “É como a criança que vai pro banho e só fica brincando. Leva mil brinquedos para a água e não toma banho. Tem que ter a função de se lavar”, exemplifica.

Não fazer nada
É nas horas livres que as crianças mais exercem sua criatividade e, o mais importante, espontaneamente. Sem ninguém dizendo o que tem que fazer ou como tem que fazer. E os especialistas são unânimes em dizer que criança precisa de tempo livre.  

Ela não só precisa brincar, como escolher do que brincar. Só assim vai ser capaz de tomar decisões. “Esse não fazer nada, já é fazer muito, ela já está ali pensando o que vai fazer”, explica Quézia. Afinal, a escola pode se transformar em brincadeira, mas fica muito chato transformar a brincadeira em escola.  

Para saber mais


Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação


Tecendo matemática com arte, de Katia Nunes


Ensinar e Aprender Brincando, de Pam Schiller e Joan Rossano


Os significados dos desenhos de crianças, de Angela Anning

Consultoria: Quézia Bombonatto, mãe de Rodrigo, é psicopedagoga e presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, www.abpp.com.br  Sirlândia Reis de Oliveira Teixeira, mãe de João Lucas, é Psicóloga, psicopedagoga e conselheira da Associação Brasileira de Brinquedotecas (ABBri), www.brinquedoteca.org.br


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