Publicado em 04/09/2012, às 21h00 por Redação Pais&Filhos
Bruna Alves, mãe de Pedro
“Sempre quis amamentar, mas sou epilética e isso já dificultaria tanto a gravidez quanto a amamentação, pois os remédios, que não poderiam ser parados, passariam para o leite. Como a gravidez foi planejada pude adaptar as dosagens do remédio para que interferisse o mínimo possível no bebe. A gravidez foi tranquila, o nascimento sem problema nenhum, mas nos 3 primeiros dias (na maternidade ainda) meu leite não desceu, nem mesmo o colostro. E o Pedro (meu filho) tão pouco queria sugar.
O hospital onde tive o Pedro é extremamente a favor da amamentação, e com isso insistiram em não dar nenhum suplemento ou complemento durante esses dias.
Quando tivemos alta, o Pedro ainda não tinha mamado nenhuma vez e eu, mãe de primeira viagem e embriagada de amor, não me preocupei.
As horas foram passando e meu filho parou de fazer xixi, parou de fazer coco, parou de chorar e sugava enlouquecidamente meu seio, que a essa altura produzia o primeiro colostro. A febre não cessava.
Com 5 dias de vida, com 38,5º de febre, com um bebê de menos de dois quilos e às 3 horas da manhã partimos para a Santa Casa.
Lá eles tiraram sangue do meu bebe e eu senti uma dor que parecia uma facada, insistiam que eu me afastasse nos procedimentos, mas eu não podia abandoná-lo. Meu marido ficou fora e eu o ouvia chorar.
Meu bebe foi internado e ouvi do médico que só as horas diriam se Pedro sobreviveria ou não, e conheci todo o desespero que uma mãe recém nascida pode sentir.
As horas foram passando e descobrimos que ele estava com desidratação. A culpa me consumiu, eu não tinha dado conta de ser mãe nem nos primeiros 5 dias, era o que eu pensava… e os "SEs" não me saiam da cabeça… Se eu tivesse insistido na maternidade… Se tivesse colocado menos roupa nele.. Se tivesse dado água…
Passaram 5 dias, eu já tinha muito leite, meu filho estava ótimo e saudável, porém tomando complemento. O que, adivinhem, me consumia de culpa… era como se meu leite não fosse suficiente para meu filho e assim eu também não o fosse.
Com toda essa culpa que marcou o início da minha maternidade e da amamentação, eu decidi que não me lamentaria, e sim que tomaria atitudes. Descobri que na cidade que eu morava na época eu poderia contar com atendimento de fonoaudiólogas, psicólogas ou enfermeiras especializadas em amamentação. Consegui apoio e vieram em casa me auxiliar.
Da mesma maneira eu amamentava em livre demanda, dava o complemento de fórmula e ia à farmácia a cada 3 dias para pesar o Pedro, eu me pesava junto dele, e depois sozinha… Conforme ele ganhava peso e com a concordância da pediatra eu fui retirando aos poucos o complemento.
Aos 2 meses e meio ele já mamava exclusivamente no peito, sem nenhum complemento. Hoje ele está com 1 ano e 7 meses e ainda mama no peito.
Passei por muitas culpas, às vezes ainda me pergunto se posso ter errado, mas vejo que venci minhas culpas com atitudes e buscando apoio, e isso me alegra”.
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