Publicado em 11/10/2013, às 11h49 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h31 por Redação Pais&Filhos
O mês de outubro é o mês rosa, dedicado a prevenção do câncer de mama em todo o Brasil. E quando se fala de uma das doenças mais comuns entre as mulheres brasileiras, é melhor ficar atenta e se cuidar. De acordo com INCA, Instituto Nacional de Câncer, as estatísticas de 2012 indicam que foram diagnosticados 53 mil novos casos da doença e cerca de 12 mil mulheres morreram por causa do agravamento. Mas além dos exames frequentes de prevenção, amamentar é uma forma de prevenir o câncer de mama também.
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Segundo estudos, para cada 12 meses de amamentação a mãe reduz 4,3% do risco de desenvolver o câncer de mama. O médico oncologista Ellias Magalhães explica que este tipo de câncer é desenvolvido de acordo com a exposição aos hormônios femininos que são produzidos em diferentes concentrações conforme o ciclo menstrual. E, quanto maior o número de ciclos, mais a mulher fica exposta e tem mais chances de desenvolver o câncer. “A amamentação é um período de contracepção natural, no qual a mulher tem o seu ciclo reprodutivo suprimido (mesmo assim, não confie que não vai engravidar só porque está amamentando, claro). Sendo assim, quanto maior o período de amamentação, menor será a chance de desenvolver a doença, já que a mulher deixa de sofrer as ações dos hormônios que podem causar o câncer de mama”, explica o oncologista.
Outra hipótese do porquê de amamentar ser preventivo é que, durante a gestação e o aleitamento, o tecido mamário sofre alterações celulares que aumentam a funcionalidade da célula, o que, com o passar do tempo, poderia reduzir definitivamente o risco de desenvolver a doença. Sendo assim, mulheres que tiveram um maior número de gestações e/ou períodos de amamentação mais longos estariam mais protegidas.
Mas, mesmo para as grávidas, é indicado continuar com os exames preventivos, seguindo as mesmas regras de qualquer outra mulher. Caso tenha alguma suspeita, a mamografia pode ser indicada, sendo importante pedir uma proteção especial para o feto. O oncologista Ellias Magalhães alerta: “No período de gestação, devido à alteração do tecido mamário, podem ocorrer formações de cistos, mastites, dentre outras coisas, que podem confundir o diagnóstico do câncer de mama. As pacientes devem estar atentas às alterações das mamas e se surgir dúvida deve comunicar ao médico.”
O ideal é que anualmente ou a cada dois anos a mulher realize o exame clínico feito por um ginecologista ou oncologista e também a mamografia. Os médicos enfatizam um acompanhamento anual para mulheres entre 40 e 75 anos. Mas para as que correm risco maior de desenvolver a doença (mais de 20% de chance), é importante que, a partir dos 25 anos, já comecem um acompanhamento médico, realizando todos os exames necessário e complementares anualmente.
Consultoria: Dr. Ellias Magalhães médico oncologista da Oncomed BH
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