Publicado em 22/11/2016, às 09h05 - Atualizado em 28/11/2016, às 11h54 por Redação Pais&Filhos
Em nome de esperar um momento de melhor estabilidade, cada vez empurramos mais para frente a decisão de ter um filho. Falta terminar o mestrado, dar entrada na casa própria, arrumar um parceiro estável e se sentir madura para cuidar de uma criança. Não necessariamente nessa ordem.
Nos anos 1960, era consenso que a idade ideal para a primeira gravidez ficava entre 18 e 25 anos. Após os 25, a gestante era classificada como “primigesta idosa”! A idade fértil situa-se entre 10 e 49 anos. No entanto, as técnicas de reprodução assistida derrubaram esses limites. Em tese, pode-se engravidar a qualquer momento. Mas a coisa não é tão tranquila. Em 2013, o Conselho Federal de Medicina determinou 50 anos como a idade máxima para engravidar por meio de tratamento.
Depois de muita discussão, a resolução foi flexibilizada no ano passado, deixando a cargo do médico a decisão, desde que com base em critérios científicos e orientando a futura mãe sobre potenciais riscos. Aqui a gente discute os riscos de engravidar depois dos 50.
Fisicamente
As chances de gravidez natural aos 50 anos existem, mas são bastante baixas, menos de 1%, segundo Claudia Padilla, mãe de Miguel e Isabel, especialista em reprodução assistida do Grupo Huntington. Mesmo recorrendo a técnicas como a fertilização in vitro, essa possibilidade cai de 25% aos 40 anos para apenas 5% aos 50.
Felizmente, hoje existem técnicas, como a do congelamento de óvulos, que deve ser feito pela mulher quando mais jovem. Outra possibilidade é recorrer à adoção. Segundo o Eduardo Motta, à medida que o tempo avança, todas as situações de risco para a gravidez são mais prevalentes.
O Conselho Federal de Medicina estipulou que os médicos avaliem caso a caso os riscos de um tratamento nesta fase e informem a futura mãe dos riscos envolvidos, que incluem hipertensão, diabetes, parto prematuro e baixo peso do recém-nascido.
Psicologicamente
O nível de maturidade e vivência é ainda maior que nos 40 anos. O seu “ajuste de rota” geralmente nesta fase já contempla administração do seu “Plano B”. Tudo isso faz com que a mulher tenha ainda mais espaço para dedicar suas energias e aprendizados para a maternidade, diz a coach Deborah Toschi filha de Rafael e Lourdes.
Financeiramente
A carreira pode estar no auge ou ameaçada pelo desemprego (ou troca com rebaixamento de renda) devido à “obsolescência” da profissional, imposta pelo mercado de trabalho, o que varia muito conforme a profissão.
“A gravidez de maior risco biológico pode exigir cuidados e gastos mais intensivos”, o economista Marcos Silvestre, pai de Rachel e Alexandre. Se você já se aposentou, por exemplo, mas mantém alguma atividade remunerada, a aposentadoria entra como complemento e você pode estar mais tranquila.
“Para a aposentadoria ou para garantir a educação do filho que nasceu agora, o dinheiro deve ficar em aplicações de longo prazo”, recomenda Luciano Tavares, pai de Henrique, Eva e Helena, CEO da Magnetis.
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