Bebês

Funchicórea: Para o bem ou para o mal?

funchicórea

Publicado em 23/10/2015, às 09h29 - Atualizado em 03/11/2015, às 15h49 por Adriana Cury, Diretora Geral | Mãe de Alice


funchicórea

Ela já foi e voltou algumas vezes das prateleiras das farmácias. A funchicórea tem esse nome estranho e ainda não é tão conhecida (ou ao menos compreendida) pelos pais. Este é um medicamento fitoterápico, ou seja, aqueles obtidos a partir de derivados vegetais.  A fórmula é composta por folhas de chicória, raiz de ruibarbo e flores de funcho. Complicado, né? Resumindo, ela é vendida em forma de pó e é, geralmente, diluída em água ou aplicada diretamente na chupeta do bebê para aliviar a cólica.

O fitoterápico é usado há mais de 70 anos. Mas nem sempre a venda foi liberada. Em fevereiro de 2012, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cancelou o registro do produto do Laboratório Melpoejo, principal fabricante, e proibiu a venda e a fabricação com a justificativa de que não havia evidências científicas para comprovar sua eficácia. Outro motivo teria sido que o pó da planta de ruibarbo, justamente por ser em pó, poderia sofrer variações na quantidade do princípio ativo. Em julho de 2013, o órgão voltou atrás na decisão após a empresa fabricante apresentar documentos comprovando que o princípio ativo não traz riscos à saúde.

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O outro lado

O composto tem um sabor bem doce, que acaba distraindo e acalmando as crianças. Na versão mais famosa, há sacarina, um adoçante artificial. “O uso de adoçantes em medicamentos é muito comum e, infelizmente, são bastante usados nos infantis também, mesmo em doses baixas”, explica o nutrólogo e pediatra do Hospital Infantil Sabará, Dr. José Luiz Setúbal, pai de Gabriel, Olavo e Beatriz. Assim, a administração deve ser cuidadosa. “A sacarina é segura e não causa efeitos colaterais importantes nas doses recomendadas. No entanto, esta dose indicada é menor do que de outros adoçantes.”, completa o especialista. Em doses grandes, pode causar dor abdominal, náusea e vômitos. Além da fórmula tradicional do Laboratório Melpoejo, hoje há outras opções, como o Funchobaby, da farmacêutica Brascom, sem adição de sacarina.

Cerca de 75% dos bebês sofrem com a cólica. Segundo o pediatra Claudio Len, pai de Fernando, Beatriz e Silvia, as verdadeiras causas de cólica nos recém-nascidos são desconhecidas, e, por isso, não existem medicações que se mostrem eficazes para resolver o problema. Se a criança chora de dor o dia inteiro, é essencial procurar o pediatra para saber qual a causa. Não tente adivinhar sozinha.

Tenha paciência

A cólica faz parte do desenvolvimento da criança e o tempo costuma se encarregar de resolver o problema.  A melhor recomendação, segundo o Dr. José Luiz Setúbal, é ter paciência. É claro que não gostamos de ver nosso filho com dor ou desconforto, mas o melhor a se fazer nestes casos é tentar acalmar o bebê: pegar no colo, aquecer o abdômen, dar um banho morno, virar de bruços, fazer massagens circulares e até embalar a criança com uma música calma são algumas das medidas recomendadas.

No caso de Fernanda Scruph, mãe de Lavínia, que hoje está com dois anos e meio, foi justamente a paciência sua melhor aliada. Quando a filha tinha 2 meses, começaram as cólicas. Familiares a Funchicórea, fez chá, mas as dores continuavam. Depois tentou colocar o pó diretamente na chupeta, mas também não obteve resultado. “Parei e segui com paciência nessa época, dando muito colo e carinho”, conta a mãe. Depois de algum tempo, a filha parou naturalmente de sentir as dores.

Usar ou não usar?

Já com a Pâmela Tegnher, mãe da Mariah, 6 meses, que usou o composto desde que a filha tinha 30 dias, foi diferente. A indicação foi feita pela prima e, por ser um fitoterápico, a pediatra liberou o uso. “Quando eu via que o problema era cólica, colocava a Funchicórea na chupeta. Ela nunca criou o hábito e me ajudou muito”, diz.

A Funchicórea parece apresentar resultados muito melhores em acalmar o bebê do que para resolver efetivamente o problema das cólicas. “Pessoalmente não sou a favor de oferecer uma coisa com sabor doce à criança quando ela chora ou tem dor. É uma fase da vida em que não vale a pena usar algo sem comprovação científica. Não vai fazer mal, mas se o objetivo é acalmar, existem outros métodos”, defende o Dr. Claudio.


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