Recém-Nascido

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Publicado em 28/02/2014, às 14h59 - Atualizado em 15/06/2015, às 12h53 por Redação Pais&Filhos


Você já deve ter visto um recém-nascido abrir os bracinhos de repente, como se estivesse assustado com alguma coisa. E quem acaba se assustando é você! Pois saiba: esse é um dos reflexos primitivos, que são involuntários, acontecem até os três meses de vida e são totalmente normais.

O reflexo mais fácil de notar é o de sucção, que faz o bebê saber mamar assim que nasce. É tão forte e instintivo, que basta passar o dedo pela sua boca para vê-lo sugar como se fosse o peito da mãe. Esse reflexo é associado com o de busca, que é a capacidade de o bebê procurar algo para sugar. Como a pele é um dos primeiros meios de contato com o mundo exterior ao útero, já que ele ainda não tem a visão perfeita, até o tecido do lençol ou da roupa pode estimular a busca. “Quando recebe um estímulo, o bebê gira a cabeça em direção ao objeto para tentar sugar”, diz Victor Nudelman, pai de Mariana, Gabriel e Bruno, pediatra e Diretor Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein.

Existe uma quantidade impressionante de reflexos, que nem sabíamos que existiam. Segundo o dr. Victor, alguns deles são classificados como arcaicos ou ancestrais, por terem origens nos mecanismos de defesa dos macacos. Exemplo dessa categoria é o Reflexo de Moro.

Acostumado com o ambiente apertado do útero, o bebê levanta os bracinhos abruptamente e fica confuso, com a sensação de que está caindo, podendo chorar. “Acontece quando ele, deitado, estica os braços com rigor e muito rápido, tentando abraçar algo invisível. É como se ele estivesse ‘pegando no galho’, exatamente como os primatas faziam”, explica Nudelman. Reconhece a cena? Pois é, agora faz sentido.

Mãos e pés ativos

Sabe quando os dedinhos dele agarram o seu? Não, isso não é uma demonstração de afeto, sorry. É o “reflexo de prensão palmar”. O nome é difícil, mas o mecanismo é simples: o bebê segura objetos próximos por instinto de defesa. “Esse movimento involuntário é o mesmo usado por segurança dos primatas para evitarem quedas dos galhos”, diz o dr. Oscar Tadashi Matsuoka, pai de Felipe e Julia, pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein.

Os pés também reagem. O “reflexo de prensão plantar” funciona assim: os dedos se abrem quando a planta dos pezinhos recebe um estímulo, e se fecham conforme o contato se aproxima deles. Já o “reflexo de marcha” é quando você segura o bebê em posição vertical e ereta, com os pezinhos sobre uma superfície dura, e ele faz um movimento de caminhada. Há ainda o “reflexo de propulsão”, que faz o bebê, deitado, dar um impulso com os pés quando estão em contato com uma superfície. “É como se ele estivesse em um trampolim. É bom tomar cuidado na hora do banho ou ao colocá-lo no trocador”, diz Matsuoka.

Refletindo e aprendendo

Depois dos 3 meses, os reflexos deixam de ser instintivos e passam a ser voluntários. Segundo o dr. Renato Kfouri, pai de Mariana e Luciana, pediatra e neonatologista da Maternidade Santa Joana, depois do nascimento, o bebê ainda não tem um sistema neurológico complexo, e por isso os estímulos são importantes para que o cérebro se desenvolva e as ações motoras sejam coordenadas. “Com o crescimento, as conexões cerebrais vão se aperfeiçoando e os reflexos primitivos vão se transformando em movimentos motores”, explica.

Os exames para verificar a normalidade dos reflexos primitivos são feitos na maternidade e acompanhados durante as consultas de rotina com o pediatra. Não se preocupe se seu bebê não responder a um ou mais reflexos. “Pode ser apenas imaturidade, como é o caso de bebês prematuros. Nesse caso, estimulamos para que ele, aos poucos, vá respondendo naturalmente”, explica Victor Nudelman.

O único alerta é caso o bebê responda ao reflexo “pela metade”. “Se o corpo mexe apenas uma parte, só um braço se ergue ou o sorriso é torto, é o caso de investigar”, diz Nudelman. Danos ou malformação cerebrais, causados por fatores como falta de oxigenação no parto e uso de álcool e drogas na gravidez, podem explicar as falhas nos reflexos.

Uma das dicas para ajudar seu bebê é apostar continuamente no toque pele a pele, que, além de estimular os reflexos primitivos, também fortalece os laços afetivos.


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