Yvonne Gonzales, aos 33 anos, pensava ter finalmente realizado o sonho de constituir uma família. Depois de uma série de tentativas de engravidar no passado – tendo inclusive vivido um aborto espontâneo anos antes – ela e o marido comemoraram muito a chegada das três crianças. Contudo, antes da vinda do caçula e durante a amamentação da filha do meio, Yvonne percebeu que havia algo errado com o próprio corpo.
Em entrevista ao portal Kyxan, ela contou a história de luta e sobrevivência. Yvonne contou que, ainda em período de amamentação da filha, até então, mais nova, percebeu uma protuberância no seios. Ela seguiu com a situação até que ela se tornou “insustentável” – e, assim decidiu fazer exames.
“Abri os resultados dos primeiros exames que fiz com meu marido, ainda no carro”, contou a mãe. “Eu estava muito emocionada porque estava com a sensação de que seria câncer”. Contudo, não foi o caso – pelo menos, não naquele momento.
Antes da realização de uma mamografia, os médicos e especialistas indicam a realização de um ultrassom. Feito então o exame, nenhuma anormalidade foi constatada no corpo do Yvonne. “Ela não fez nada de errado”, conta o cirurgião Sangeetha Kolluri.

Yvonne já estava a espera do terceiro filho – e esse também foi um fator para a não realização de uma mamografia. “Existe muita preocupação com o feto e com a qualidade do leite materno quando se realiza um exame que envolve determinada quantidade de radiação”, comentou ainda o Dr. Kolluri. Contudo, ele afirmou que a quantidade de radiação em exames modernos de mamografia é muito baixa, e não afeta a mulher grávida – nem o bebê.
Mesmo com os resultados “positivos” dados pelo ultrassom, Yvonne ainda sentia que havia algo errado. Por isso, decidiu seguir a própria intuição e insistir para que os médicos realizassem a mamografia. “Graças a deus Yvonne não deixou isso passar!”, contou Dr. Kallouri. “Os novos exames dela indicaram uma grande área de calcificação no peito – e boa parte daquilo era câncer”.
Com o diagnóstico, Yvonne ainda conta que teve muito medo de perder a vida. “Pensei nos meus filhos. Pensei que finalmente havia me tornado mãe – e que não queria morrer. Não tinha apenas um: eu tinha três filhos. E não estar aqui por eles…”, desabafou.
Os médicos contam que o caso de Yvonne é um verdadeiro milagre. Ela deu à luz um menino saudável, e ainda conseguiu passar pelo período de amamentação normalmente – até o momento em que iniciou as medicações mais pesadas para o tratamento do câncer. “Você conhece o próprio corpo melhor que qualquer médico”, relembrou Dr. Aneesha Housin.

Sobre a situação que viveu, Yvonne ainda relembra a importância de realizar exames regularmente. “Façam exames. Não importa qual seja o motivo, não adie esse compromisso. Fico muito aliviada que eles conseguiram sinalizar meu câncer na época que o fizeram. Agora, estou livre de câncer – e posso estar presente na vida da minha família e dos meus filhos”, finalizou.