No dia 17 de dezembro do ano passado, Minnie Payne, uma mulher de 90 anos de idade, se formou em seu mestrado de estudos interdisciplinares, na Universidade do Norte do Texas, sendo a mais velha de seu gênero a completar o grau de escolaridade na instituição.
Ela cresceu na cidade de Pelzer, no estado da Carolina do Sul, nos Estados Unidos. Os seus pais não tiveram formação e trabalhavam como operários na indústria têxtil. Minnie, por sua vez, concluiu o ensino médio em 1950, e trabalhou como balconista, até casar.
Depois do casamento com o marido, hoje em dia falecido, em 1961, atuou como repórter judicial na Comissão Industrial da Carolina do Sul, teve dois filhos, foi professora substituta e trabalhou por 30 anos como transcritora e processadora de texto.
Próximo aos seus 60 anos de idade, Minnie decidiu realizar o sonho de estudar jornalismo, e se matriculou na Universidade de Mulheres do Texas. Em 2006, ela se formou com bacharelado em estudos gerais, por ter feito disciplinas na área da administração também.
Mas ela não queria parar por aí, então, anos depois, decidiu fazer um mestrado também. Contudo, a pandemia da Covid-19 atrapalhou seus estudos, já que em determinado momento as reuniões online passaram a ser presenciais, e ela não pôde comparecer.
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O orientador de Minnie, porém, deu uma alternativa. “Ele me enviou um e-mail dizendo que eu poderia obter meu diploma por meio do programa de estudos interdisciplinares. É claro que aproveitei a chance”, falou em entrevista ao USA Today.
Ela optou pela escrita, que sempre lhe agradou. “Quando você está escrevendo, você realmente está em um mundo diferente. Você está ampliando sua imaginação e é muito terapêutico para mim”, afirmou.
Minnie também contou o que a inspira. “Acho que quando uma pessoa começa a melhorar e a se misturar com outras pessoas que estão tentando melhorar, é um incentivo para que avance em direção a objetivos mais elevados”, declarou.
A, agora, mestra, acredita que os seus pais teriam orgulho do seu esforço. “Passei muitas noites inteiras e muito tempo estudando. A parte de escrever foi a mais agradável”, contou. “Fiz uma grande conquista, mas sinto que ainda tenho muita vida boa pela frente”, disse.
A avó, que subiu com seu neto no palco para receber o diploma, mostrou perseverança. “Quero trabalhar até o último minuto porque, se não estou fazendo algo que valha a pena, se não estou fazendo algo para ajudar alguém, não sou feliz”, concluiu.
