Nesta sexta-feira, 30 de agosto, a peça “A Última Entrevista” retorna à cena teatral paulistana, e desta vez, com um reforço especial: Theodoro Cochrane, filho de Marília Gabriela, está de volta aos palcos. O ator, figurinista e influenciador tem compartilhado suas experiências de vida com uma sinceridade tocante, que não só encanta o público, mas também revela aspectos íntimos e desafiadores de sua trajetória pessoal.
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Recentemente, Theodoro participou do podcast “Desculpa alguma coisa”, onde discutiu abertamente seu passado conturbado com vícios em álcool e drogas. O ator revelou detalhes sobre o que ele descreve como “vício cruzado”, um ciclo onde a cocaína e o álcool se alternavam em sua vida. “Descobri que eu teria o que é chamado de vício cruzado. Faz o padê e a cachaça, a cachaça e o padê, eventualmente. Era recreativo, uma vez a cada dois meses. A cachaça era uma vez por semana, tipo um gim-tônica. Eu ficava ótimo. E é uma merda ser um bêbado ótimo porque todo mundo te adora, você não fica violento… Só que durante a semana eu ficava muito deprimido”, relatou Theodoro.
A jornada de recuperação do ator foi marcada por um momento decisivo. “Teve uma hora em que caiu essa ficha em mim e falei: ‘vou parar’. Meu terapeuta chegou e falou: ‘Você parou, mas ninguém para assim’”, contou ele, surpreendendo até mesmo seu terapeuta com a decisão abrupta de interromper o uso de substâncias.
Após três meses de abstinência, Theodoro enfrentou um novo desafio: o diagnóstico de ciclotimia, um transtorno do humor que causa oscilações extremas entre euforia e depressão. Esse período de ajuste coincidiu com a perda de seu pai, o astrólogo Zeca Cochrane, e uma temporada em Portugal com sua mãe. “Eu parei e começou a abstinência. Juntou com o luto, com o desemprego, com a minha mãe, com a distância do meu namorado…Eu estava três meses em beber e usar nenhuma droga quando chegamos a um diagnóstico”, explicou Theodoro. A descoberta do transtorno foi crucial para sua recuperação, permitindo-lhe iniciar um tratamento adequado.
