Nesta quarta-feira, 28 de agosto, a médica Melina Branco utilizou suas redes sociais para esclarecer um mal-entendido que surgiu após uma entrevista sobre sua paciente, Isabel Veloso. A jovem de 18 anos, que vem enfrentando um câncer de linfoma de Hodgkin, foi acusada de mentir sobre sua condição de saúde, devido à confusão entre os termos “cuidados paliativos” e “estágio terminal”.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define cuidados paliativos como uma abordagem destinada a melhorar a qualidade de vida de pacientes e suas famílias diante de doenças graves e ameaçadoras. Isso inclui a prevenção e alívio do sofrimento, além do tratamento abrangente de sintomas físicos, psíquicos, sociais e espirituais. Melina Branco destacou essa definição para esclarecer o verdadeiro significado da condição em que Isabel se encontra.
Isabel Veloso foi diagnosticada com Linfoma de Hodgkin em 2021 e passou por diversos tratamentos quimioterápicos com oncologistas, que infelizmente não tiveram o efeito esperado. No final de 2023, a jovem teve uma remissão do tumor, mas em 2024, o câncer voltou a progredir. “Quando Isabel me procurou no início de 2024, eu a classifiquei como paciente em cuidados paliativos”, explicou a médica. Ela acrescentou que, embora o tumor esteja presente e continue crescendo, a progressão está mais lenta do que o inicialmente previsto pelos especialistas.
A médica esclareceu ainda que, conforme a estimativa inicial da equipe de Oncologia, Isabel poderia ter cerca de seis meses de vida devido ao crescimento acelerado do tumor. Contudo, essa previsão médica é apenas uma expectativa, e não uma certeza absoluta. Isabel, portanto, está em cuidados paliativos, mantendo seu tratamento e apresentando estabilidade no seu quadro clínico, apesar da gravidade da doença.
Em resposta às críticas e mal-entendidos nas redes sociais, Isabel Veloso manifestou sua frustração e anunciou que tomará medidas legais contra as acusações infundadas. “Não há dificuldade em entender, pessoal. Cada comentário irresponsável será respondido judicialmente. Estou cansada de ser injustamente atacada. Cuidados paliativos não significam ausência de esperança ou de tratamento”, afirmou Isabel, que também revelou recentemente estar esperando um filho.

A jovem destacou que a confusão entre cuidados paliativos e estágio terminal frequentemente leva a interpretações errôneas sobre a gravidade e a gestão de doenças crônicas. Ela enfatizou que os cuidados paliativos são uma forma de suporte integral, focando na qualidade de vida e na gestão dos sintomas, independentemente das expectativas de sobrevida.