A psicóloga Mônica Lourenço de Depca disse ao jornal Midiamax nesta quinta-feira, 17, que o fonoaudiólogo que estuprava os pacientes no consultório “preparava as crianças antes do estupro”. O fonoaudiólogo tinha 30 anos e foi preso no último dia 9 em Campo Grande.
Conforme a fala de Mônica, o homem preparava as crianças de uma maneira que elas entendessem que o abuso não era algo errado. Ela disse que o profissional provavelmente deveria fazer uma preparação para ganhar a confiança dos menores, e sempre as crianças com medos de 8 anos por serem mais vulneráveis.
Ele abusava as crianças depois da quarta ou quinta sessão, pois o homem teria maiores chances de já ter a confiança dos menores. O fonoaudiólogo dava início aos abusos e pedia para meninos deitarem não maca e repetir palavras e isso se iniciava com as mãos na barriga das vítimas.
Após o início do toque, o homem passava a mão pelas partes íntimas dos meninos por dentro dos shorts. A psicóloga conta que as crianças quando falaram com ela, estavam muito assustadas e nervosas. Segundo as investigações da delegada Fernanda Félix da delegacia de proteção à criança e ao adolescente, quando mais nova era a criança, mais agressivo o fonoaudiólogo era. Ele oferecia doces, balas e pirulitos para as crianças como recompensa do bom comportamento. As vitimais dele sempre foram meninos, as meninas que eram atendidas por ele falaram que não foram abusadas.
O homem ainda perguntava para os pais após as sessões ou por mensagens se estava tudo certo com a criança, como forma de ver se o plano criado por ele estava dando certo. De nove crianças, quatro confirmaram que foram abusadas por ele. Vanessa Machado foi a psicóloga que escutou as crianças na delegacia e ela falou que as vítimas não conseguiam expressar a situação, pois o fonoaudiólogo dizia ser brincadeira.
O homem foi preso em flagrante em Campo Grande e o advogado da família de uma das vítimas, disse para o jornal Midiamax que o garoto já estava passando em consultas há 5 meses e o irmão mais velho já tinha passado com o fonoaudiólogo também.
O caçula perguntou para o irmão se era normal que o especialista passasse a mão nas partes íntimas do paciente. Então o irmão mais velho contou para mãe. O garoto iria ter sessão com o profissional na quinta-feira, mas a mãe adiantou para quarta-feira, 9 de março, quando o homem foi preso.
Ela foi com o filho no consultório e orientou ele a sair correndo ou gritar caso o fonoaudiólogo tentasse fazer algo com ele. Em menos de 15 minutos de consulta o menino saiu chorando e a mãe entrou na sala e esperou a chegada da polícia. O homem de 30 anos foi preso em flagrante.
