João Guilherme Rodrigues Martins de 1 ano e 3 meses faleceu na última quinta-feira devido a complicações da Covid-19 na cidade de Barretos em São Paulo. A mãe do bebê fez uma apelo a outros pais sobre a gravidade da doença, e pediu que evitassem o aglomeramento principalmente agora em época de Carnaval.
“Criança pega, é o mesmo avanço de um adulto, não é leve. Fica meu apelo de mãe para as outras mamães que estão passando pelo mesmo caso que eu. Não vamos deixar acontecer com mais ninguém. Carnaval, não. Aglomeração, não. Festa, não. Vamos acordar. O João se foi nessa madrugada. Com quantas crianças vai acontecer o mesmo caso?”, disse ao portal do G1.
O menino, de um ano e três meses, morreu na última quinta-feira por complicações causadas pela doença. Ele foi internado na Santa Casa na quarta-feira após apresentar convulsão em razão da febre alta. Letícia afirmou que o menino começou a ter febre na segunda-feira e que ela procurou a unidade básica de saúde (UBS) três vezes. Só na quarta-feira, quando o estado de saúde piorou, é que João Guilherme foi encaminhado para a Santa Casa e fez o teste que apontou a infecção pelo coronavírus.
“Meu filho estava com 39, 40 graus de febre. Dipirona, paracetamol, ibuprofeno, remédio nenhum cortava a febre do meu filho. Na hora do almoço [quarta-feira], eu vi que meu filho não estava bem, ele estava entortando. Eu corri com ele para o posto de saúde mais próximo de casa e ele estava convulsionando.”, lamentou.
Após ser internado, o menino não resistiu e sofreu falência múltipla dos órgãos. Letícia acredita que se o filho tivesse sido diagnosticado antes, o quadro poderia ter sido diferente. Apenas a mãe dela testou positivo para a doença, os outros membros não fizeram o teste mesmo tendo sintomas de gripe. “Se tivesse feito o teste de Covid nele, não agravaria como agravou. Só minha mãe fez o teste, ninguém mais aqui de casa.”, finalizou.
O secretário de Saúde de Barretos, Cleber Rosa, lamentou a morte da criança e disse que desde novembro de 2021, João Guilherme passava por atendimento médico com episódios de infecção, e que o coronavírus pode ter sobrecarregado o organismo já vulnerável da criança.
