Emanuelly completará três meses nessa semana longe dos pais. Desde o nascimento, a menina está em um abrigo em Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio. Segundo a família, ocorreu um erro na ficha do cadastro na maternidade e por isso, a bebê foi levada pelo Conselho Tutelar. A Defensoria Pública pede a devolução imediata do bebê.
Todo o problema aconteceu no dia 22 de maio. A mãe Marcelly Nascimento estava na sala de parto, uma vizinha chamada Giovana ficou na recepção do Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste e, então o documento do hospital saiu no nome da acompanhante, e não no da mãe.
A mulher não conseguiu comprovar a identidade pois perdeu todos os documentos em um incêndio e, no dia em que o bebê recebeu alta, foi levado pelo Conselho Tutelar. Segundo o G1, o TJ informou em nota que o processo corre em segredo de Justiça e a criança só sera reintegrada à família quando tiverem “capacidade devida com a mesma”.
“Sabe o que mais acontece? Que passa na minha cabeça tudo que eu passei dentro do hospital, as médicas rindo, todo mundo rindo da minha cara e eu pedindo ‘Pelo amor de deus, não leva a minha filha não, por favor’. E elas falando que iam tomar minha filha porque eu não tinha condições de criar. Na verdade, me chamando de pobre”, contou a mãe ao G1.
A família alega que após três meses, nenhum representante da Justiça foi ate à casa e, não sabem quanto tempo a decisão demorará. “Eu já botei isso na minha cabeça, que vai demorar. (…) Minha felicidade acabou, e eu sei que vai demorar muito”, disse a mãe que não tem condições financeiras de pagar passagens de ônibus e depende de carona para ver a filha.
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