Nesta quarta-feira, 24 de março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), autorizou o teste em humanos do soro anticoronavírus desenvolvido pelo Instituto Butantan. O instituto tem 3 mil frascos desenvolvidos a partir de plasmas de cavalos prontos para aplicação.
A autorização permitirá que o soro seja aplicado em pessoas contaminadas pela doença e, depois, que se descubra qual a dose necessária para obter os efeitos desejados. Mas é importante saber que o objetivo do soro é amenizar os sintomas da doença nas pessoas já infectadas. Ele não é capaz de curar nem de prevenir o vírus.
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, explicou que os cavalos, além de ajudarem a produzir o soro, participaram dos testes. Contudo, garantiu que o vírus inativo não provoca danos aos animais, nem se multiplica no organismo, mas estimula a produção de anticorpos.
O estudo é coordenado por médicos da Universidade de São Paulo (USP). O Instituto Butantan ainda deve oferecer mais informações, mas em nota, informou que já recebeu a autorização e deve iniciar os testes nos próximos dias. O grupo ainda informou que já enviou todos os documentos necessários à Anvisa.

A Anvisa afirma que a análise do processo levou nove dias e que o restante do tempo foi utilizado pelo Butantan para complementar dados técnicos que faltavam no pedido original. No entanto, os soros já têm sido produzidas em rotina e devem entrar logo, em linha de produção.