De acordo com uma nova pesquisa da Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, a urina dos recém-nascidos, mais conhecido como xixi, pode ajudar a tratar o rim dos adultos e o segredo está nas células-tronco.
Embora pareça uma coisa nojenta parece que funciona mesmo. Quando as crianças estão na fase embrionária, essas células podem se transformar em qualquer parte do corpo humano. Só que retirar células-tronco de embriões gera uma grande polêmica entre as pessoas, por isso os pesquisadores estão tentando encontrar uma maneira de extrair esse material sem causar problema e agora acharam o conteúdo na urina, segundo site Só Notícia Boa.
A Universidade da Bélgica descobriu uma grande quantidade de células-tronco no xixi de bebês que nasceram entre a 31ª e a 36ª semana da gestação. É bem verdade de que elas não têm tanto poder quanto aquelas que são extraídas na fase embrionária, mas já são suficientes para ajudar a regeneração dos rins de um adulto.
Tem explicação
Você sabia que o rim é um dos últimos órgãos a se formar no bebê? O processo de desenvolvimento dura até a 34ª semana da gravidez. Quando ele nasce prematuro, esse órgão ainda está terminando de se formar e o xixi da criança fica cheio de células-tronco. Caso o bebê nasça no tempo certo, a quantidade de células-tronco na urina diminui e já não tem o mesmo poder de transformação para o tratamento de rins nos adultos.
Para chegar ao resultado esperado na pesquisa, os cientistas testaram a capacidade de regeneração das células do xixi dos prematuros e a conclusão foi mais que boa! Os caras usaram uma droga tóxica contra as células do rim de um adulto e todas elas morreram. Depois, eles acrescentaram células-tronco, da urina, ao experimento e elas formaram uma proteção contra as células adultas, regenerando o tecido.
O que tudo isso quer dizer? Que os médicos podem conseguir usar essas células-tronco do xixi dos bebês prematuros de duas formas. A primeira são durante transplantes de rins, com essas células dá para regenerar o tecido dos órgãos. Segundo, os cientistas do estudo estão desenvolvendo um tratamento para recuperar os rins dos pacientes através desse material, assim talvez nem seja necessário o transplante.
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