
Nesta sexta-feira, 7 de julho, o Ministério da Saúde anunciou que a vacina da poliomielite terá mudanças em 2024. A vacina que costuma ser de maneira oral por meio de gotas, passará a ser injetável.
O principal motivo da mudança, é a versão ser mais moderna e segura, em que irá conter o vírus inativado. Desse modo, crianças não terão que reforçar a dose aos 4 anos de idade, que é o que ocorre atualmente com a versão ‘gotinha’.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, explicou que a transição ocorrerá de maneira gradual, com um período de transição entre as duas maneiras de imunização, informou ela na transmissão ao vivo com a Sociedade Brasileira de Pediatria.

O famoso “Zé Gotinha” também irá continuar sendo o símbolo da vacinação das campanhas de imunização do Governo Federal. No ano de 2022, a cobertura da vacinação contra a poliomielite foi de 77%, o que é abaixo do esperado, que está entre 90 e 95%.
Paralisia infantil: falta de vacinação e seus riscos
O Brasil assim como outros lugares do mundo estão preocupados com a falta de vacinação infantil para doenças como a poliomielite que é causada por vírus, como consequências das infecções é possível a paralisia de crianças que não se imunizam contra a doença. Nos Estados Unidos, após quase dez anos registrou a volta da circulação do vírus e já existem os primeiros casos confirmados da volta da doença, esses casos geram preocupações em todo o mundo pelas ameaças que o poliovírus causa principalmente em crianças.
A Fiocruz fez um estudo onde o levantamento de dados mostrou que após uma análise da imunização em crianças menores de cinco anos apenas duas a cada cinco estão protegidas contra a paralisia infantil no território brasileiro.

Devido à baixa adesão da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, foi prorrogada até o final do mês, dia 30 de setembro. A falta de vacinação preocupa especialistas, já que apenas 44% das crianças brasileiras foram vacinadas, ou seja, cerca de apenas 6,4 milhões das 11,5 milhões de crianças brasileiras estão desprotegidas.
A situação é preocupante pois existem estados com adesão muito abaixo do esperado, como Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, que não atingiu nem 30% da meta estipulada para a vacinação.
Leonardo Weissmann, infectologista do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo explicou: “Enquanto houver uma criança infectada em qualquer lugar, crianças de todos os países correm o risco de contrair a poliomielite. Por isso, a imunização com alta cobertura deve ser mantida e ampliada nos países até que a pólio seja completamente eliminada do planeta.”

O infectologista ainda ressaltou como é importante a vacinação, pois à partir do momento em que ocorre a contaminação, não existem medicamentos que curem os infectados assim como não existe um tratamento específico: “Se as crianças deixarem de se vacinar, elas ficarão desprotegidas, outras poderão ser infectadas e a doença corre risco muito alto de voltar a se espalhar. Só que a pólio não tem tratamento específico e não tem cura. Em alguns casos, o vírus atinge o sistema nervoso, causando paralisia geralmente das pernas até o final da vida e, mais raramente, pode ocorrer paralisia dos músculos respiratórios, o que pode levar à morte”, acrescentou Leonardo, especialista no assunto.
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