Não é de hoje que a internet tem sido usada para aprender coisas.Mas quando o assunto é relevante, curioso, divertido e envolve ciência, é óbvio que a garotada ama. Não é à toa que o canal do Youtube Manual do Mundo tem feito tanto sucesso, inclusive entre os pais. Conversamos com os criadores, Iberê Thenório e a esposa Mariana Fulfaro, pais de Helena, para saber de onde veio a ideia.
Como vieram de Piedade, no interior de São Paulo, Mari e Iberê contam que as pessoas de lá faziam muitas coisas em casa. “Construíam os próprios brinquedos, consertavam o carro, a bicicleta, os imóveis, tudo por conta própria”, lembra Iberê, que tem 34 anos.
Eles cresceram nesse meio e também aprenderam a se virar. Quando vieram para a capital fazer faculdade, se surpreenderam ao ver que não acontecia o mesmo. “Para trocar um pneu, chamavam o seguro. Nessa época, o Youtube começou a ficar popular e as pessoas começaram a aprender e ensinar em vídeo, no mundo todo”, comenta Iberê.
Assim, eles começaram a gravar vídeos e criaram o Manual do Mundo em 2008. Antes de montar o canal, Mari e Iberê se formaram em profissões que hoje não exercem mais. Ela, em terapia ocupacional e ele, em jornalismo.
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Além de ensinar coisas úteis, como fazer um descascador de legumes com latinha de refrigerante, por exemplo, eles também estão no Youtube revelando curiosidades, como o porquê de mexermos os braços ao andar e do céu ser azul. O Manual do Mundo também já esteve na TV com a série “Experimentos Extraordinários”, que foi exibida em 2014 no canal pago Cartoon Network, e virou até livro.
Atualmente, o canal já tem mais seis milhões de inscritos. Iberê aparece, inclusive, entre as 20 celebridades mais influentes em vídeos do Brasil, de acordo com o estudo “A pesquisa aponta a força dessas novas celebridades”, feita pela empresa de consultoria Provokers para o Google e para o jornal Meio & Mensagem.
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Iberê e Mari também produzem conteúdos educacionais para serem usados online por editoras de livros pedagógicos e organizam palestras sobre inovação na educação e também sobre o uso de recursos digitais nas escolas.
”Os pais têm que ficar muito atentos. Primeiro, para não deixar que a vida da criança se resuma à internet. Segundo, porque a geração delas tem mais dificuldade de entender o que é privacidade”, explica.
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