Por aqui não rolou meia, gravata, porta-retratos ou álbum de família. O presente do papai este ano foi uma viagem para perto de casa, dentro do nosso esquema de férias em São Paulo. Escolhemos um hotel legal, que dava para ir ao esquema de fim de semana, chamamos os nossos queridos amigos Ike e Luciana (do blog Fotografilhos e embaixadores Pais&Filhos), com os pequenos Tony e Nina, e partimos para o hotel Pitangueiras, em Sorocaba, a 100 km de casa.
A ideia era dar para o papai, que trabalha todos os sábados, coitado, um final de semana comigo e os meninos. Desses em que a gente para de pensar no trabalho, bate papo, toma um vinho e joga conversa fora. Sem pensar em sair para jantar, arrumar a casa, fazer comida… e ter mais tempo para ele poder ficar com os filhos.
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O que ele não sabia é que no domingo voaríamos todos de balão. O dia amanheceu lindo, com dois balões colorindo a nossa varanda. Passava das 6 da manhã e estava frio, bem frio. Nos enrolamos no cobertor para escutar o sopro do fogo que faz encher o balão.
Gabriel, o meu mais velho, que estava ansioso para o passeio, e guardando segredo desde sexta-feira, olhou aqueles dois balões “muito maiores do que o da Peppa”, e declarou: “Não tenho coragem! Não vou conseguir passear de balão. Tenho medo.” Abraçou o pai e o edredom, procurando segurança e conforto.
Vimos, da janela do quarto, o sol aparecer, o balão subir, nos aninhamos os quatro naquela imensa cama queen e adormecemos juntinhos, esperando o café da manhã de domingo. Que continuou sendo especial para o papai. Mesmo com os pés no chão.
