Antônio Maia, irmão do piloto Garon Maia Filho, de 42 anos, que m0rreu em acidente aéreo junto do filho, Francisco Veronezi Maia, de 11 anos, o ”Kiko”, no último final de semana, escreveu uma despedida aos dois, que foram enterrados nesta última terça-feira, 1º de agosto, em Campo Grande.
Antônio explicou que parte da família estava em viagem ao exterior e todos tiveram de correr para voltar e se despedir dos meninos. ”Meu coração está em pedaços”, desabafou Maia. Ele se referiu ao irmão como ”excelente aviador” e companheiro de muitos momentos. Antônio destacou que seria mais difícil ainda se despedir do sobrinho, Kiko, que partiu muito cedo.
”Vou dedicar todo amor que eu tinha por eles para a [nome omitido] irmã do Kiko, que ontem perdeu o pai e o irmão nessa tragédia!”, prometeu Antônio ao se referir à sobrinha, também criança.
Um texto publicado em grupos de aviadores no WhatsApp e atribuído a Antônio Maia, irmão de Garon, dá detalhes do percurso feito antes da queda trágica. A publicação foi feita pela imprensa de Campo Grande. Antônio Maia, conhecido como “Comandante Antônio”, também pilota aviões e explicou aos companheiros a dificuldade da família para chegar até o local da despedida. “Estávamos fora do Brasil e desde ontem – domingo – estamos em trânsito para chegar a Guarulhos (SP) e depois, Campo Grande (MS)”.
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Em um dos trechos da publicação, Antônio se mostra inconformado com o acidente e diz não entender os motivos da tragédia, contudo afirma confiar nas autoridades para esclarecer o que aconteceu. Ele também afirma que o voo feito pelo irmão Garon Maia, era de rotina e que teria ido abastecer o Baron (avião) em Vilhena, pegar uma pizza para o jantar e retornar para a fazenda da família na região de Nova Conquista, zona Rural de Vilhena.
Outro detalhe, apontado no texto, é a respeito do curto espaço de tempo para fazer o percurso. “Oito minutos de voo total. Decolaram com tanque cheio, em 2 pessoas, voaram 5 minutos e repentinamente, algo acontece”.
Antônio cogita alguns problemas para explicar a queda do avião: “Penso em perda de potência, suspiro entupido, combustível, alimentação, não sei. Somente especialistas poderão descobrir”.
Ele cogita ainda a possibilidade que Garon teria tentado fazer um pouso de emergência. “A região tem uma transição de terreno, uma pequena serra, com mata e algumas aberturas. Eles curvaram à direita sentido a uma abertura de pastagens, a mais limpa ao redor, segundo relatos de sitiantes que viram avião perdendo altura, e infelizmente, por alguns metros não conseguiram pousar no pasto. O avião caiu dentro da mata”, afirma Antônio.
