Se você é mãe ou pai, já deve ter passado pela temida batalha contra a assadura do bebê. Aquela irritação vermelha na pele pode deixar os pequenos desconfortáveis e os adultos desesperados. E quando a coisa complica e vira uma assadura infeccionada? Vamos falar sobre as causas, como identificar, tratar e, claro, evitar que isso aconteça.

Como a assadura comum vira uma infecção?
A assadura é resultado de um conjunto de fatores: umidade, atrito da fralda e reatividade a produtos que usamos no dia a dia. O problema começa quando a barreira natural da pele é comprometida, abrindo as portas para fungos e bactérias. Esses microorganismos, que geralmente vivem em harmonia no corpo, encontram nas dobras quentinhas e úmidas da região da fralda um verdadeiro paraíso para se multiplicar.
Se o bebê ou a mãe que amamenta estiver em tratamento com antibóticos, o risco aumenta. Isso porque esses medicamentos podem desbalancear o microbioma natural, dando uma ajudinha extra para os fungos, como a temida cândida, se desenvolverem.
Como saber se é infecção?
Assadura normal é incômoda, mas geralmente responde bem à troca frequente de fraldas e às pomadas de barreira. Já a assadura infeccionada tem características mais alarmantes:
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Vermelhidão intensa que não melhora após três dias de cuidados.
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Bordas bem definidas e avermelhadas, às vezes ligeiramente elevadas.
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Lesões satélites – aquelas manchas menores espalhadas ao redor da área principal.
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Descamação da pele e irritação nas dobras da virilha.
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No caso de infecção bacteriana, pode haver febre ou presença de pus.
Se você notou esses sinais, é hora de buscar ajuda médica. Não adianta insistir apenas em tratamentos caseiros.

Tratando a assadura infeccionada
Se o pediatra confirmar que a assadura virou infecção, ele pode recomendar:
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Cremes antifúngicos: Produtos com nistatina, clotrimazol ou miconazol geralmente resolvem infecções causadas por fungos. Sempre use sob orientação médica.
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Antibióticos: Se houver sinais de infecção bacteriana, como febre ou secreção, é possível que um creme ou remédio oral seja indicado.
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Trocas frequentes de fralda: O ideal é manter a região seca e limpa, trocando a fralda assim que estiver suja de xixi ou cocô.
Lembre-se: evite cremes com corticoides sem recomendação médica, pois podem piorar o quadro.
Como prevenir?
Agora que você entendeu o que pode transformar uma simples assadura em um problemão, vamos falar sobre prevenção! Afinal, é melhor prevenir do que remediar, não é mesmo?
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Troque a fralda sempre que estiver suja: Não deixe o bebê muito tempo com a fralda cheia. A umidade é a grande vilã.
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Higiene suave: Use água morna e algodão para a limpeza. Evite lenços umedecidos com álcool ou fragrâncias, que podem irritar a pele.
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Deixe a pele respirar: Sempre que possível, dê um tempo sem fralda. Deixar o ar circular ajuda a manter a região sequinha.
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Evite talcos: Eles não são recomendados, pois podem ser inalados e causar problemas respiratórios.
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Use pomadas preventivas: As famosas pomadas de barreira criam uma camada protetora entre a pele e a fralda.
Nem todo vermelho é motivo para preocupação, mas ficar atento aos sinais pode evitar muita dor de cabeça. Mantenha uma rotina de cuidados com a pele do bebê e, em caso de dúvida, não hesite em procurar um profissional.