Recentemente, Any Awuada, que afirma ter mantido relações sexuais com o jogador Neymar, revelou uma informação surpreendente: segundo ela, o atacante usava um adesivo na pele, em vez de um preservativo, para prevenir uma possível gravidez durante o ato sexual. Essa declaração gerou polêmica e levantou questionamentos sobre a existência de um anticoncepcional masculino, uma vez que, até o momento, tais métodos não estão amplamente disponíveis no mercado.
“Eu cogitei colocar [camisinha], como se fosse qualquer outra pessoa. Ele disse ‘não’, ele estava com uma coisa, um adesivo que cola aqui [indicando a lateral do abdome]. Não sei se é um anticoncepcional masculino ou se é alguma coisa para não pegar [infecções]. Eu realmente não sei e nem tinha ciência que isso existia.” , disse ela, em entrevista ao podcast Link Vip.
NEYMAR TRANSOU SEM CAMISINHA?
— Funk Mídia (@FunkMidia) March 17, 2025
Any Awuada, uma das modelos que participaram da festa organizada por Neymar em seu sítio em Araçoiaba da Serra, no interior de São Paulo revelou detalhes sobre o evento durante uma entrevista ao podcast Link Vip pic.twitter.com/vaA8GxGbOJ
Métodos contraceptivos masculinos: o que já está disponível?
Atualmente, as opções de contracepção para homens são limitadas. Embora pesquisadores estejam explorando diferentes alternativas, como pílulas, injeções e até um gel anticoncepcional masculino, esses métodos ainda não estão acessíveis ao público em geral. No momento, os dois métodos mais comuns para evitar a gravidez em homens são o preservativo e a vasectomia. A vasectomia, embora eficaz para impedir a fertilização, não oferece proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), enquanto o preservativo é o único método que combina a prevenção da gravidez com a proteção contra doenças.
No caso das mulheres, as opções são mais variadas, abrangendo desde o uso de preservativos femininos, até pílulas anticoncepcionais, implantes e dispositivos intrauterinos (DIU). No entanto, a ausência de um anticoncepcional masculino amplamente disponível levanta uma série de questões sobre igualdade de responsabilidade no controle da natalidade.
O adesivo contraceptivo: para mulheres, sim, mas não para homens
O adesivo contraceptivo, que Any mencionou em sua entrevista, é um método já utilizado por mulheres. Esse produto transdérmico contém hormônios femininos, como estrogênio e progesterona, que são liberados na corrente sanguínea por meio da aplicação do adesivo na pele. O funcionamento do adesivo é baseado em três mecanismos: ele impede a ovulação, torna o muco cervical mais espesso, dificultando a passagem dos espermatozoides, e altera o endométrio, tornando-o inadequado para a implantação do embrião.
Embora seja eficaz na prevenção da gravidez, o adesivo não oferece proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), o que o torna uma opção limitada nesse sentido. Para isso, a camisinha continua sendo o único método confiável, tanto para homens quanto para mulheres.
Em termos de eficácia, o adesivo anticoncepcional feminino é muito eficiente quando usado corretamente, com taxas de sucesso de até 99,7%. Contudo, falhas no processo de aplicação e trocas de adesivo fora do prazo podem reduzir essa taxa de eficácia para cerca de 92%. Esse método é uma alternativa prática para aquelas que não se adaptam à pílula ou têm dificuldades com a administração de outros contraceptivos orais.

Custo do adesivo e acessibilidade
Embora o adesivo anticoncepcional seja uma opção eficaz, seu custo pode ser um obstáculo para algumas mulheres. Uma caixa contendo três adesivos, o suficiente para um mês de uso, pode variar entre R$ 50 e R$ 130, dependendo da marca e da região. Esse preço pode ser um fator limitante para mulheres que buscam uma alternativa de contracepção confortável e eficaz, mas que não têm acesso a planos de saúde que cubram o produto.
Além disso, o adesivo, assim como outros métodos anticoncepcionais, não garante 100% de eficácia e deve ser usado de maneira rigorosa para evitar falhas. No entanto, sua vantagem está na conveniência, já que é necessário trocar o adesivo apenas uma vez por semana, o que o torna mais prático para quem tem dificuldade com o uso diário da pílula.