Em um momento histórico para o esporte brasileiro, a equipe brasileira conquistou bronze nas Olímpiadas de Paris de 2024. Rebeca Andrade, aos 25 anos, esteve presente e colaborou para a conquista com um salto impecável. A atleta fez a maior nota da equipe em todos os aparelhos: salto (15.100), solo (14.200), trave (14.133) e paralelas (14.533).
Em Tóquio, Rebeca marcou a primeira vez que uma atleta negra brasileira ganha uma medalha de prata na ginástica olímpica feminina. A ex-ginasta Daiane dos Santos, emocionada, destacou a importância da conquista: “Representatividade tem um peso enorme nisso tudo”, afirmou.
Rebeca é um exemplo de superação e dedicação. Criada por uma mãe solo, Rosa Santos, em condições humildes em Guarulhos, São Paulo, enfrentou diversos desafios desde cedo. Suas lesões não foram capazes de deter seu espírito indomável; pelo contrário, serviram como degraus para o pódio olímpico.
Pela primeira vez a mãe esteve presente em uma Olímpiada que a filha competiu e em entrevista a Globo, ela declarou a emoção que foi ver de perto a equipe brasileira conquistar o pódio: “Meu Deus que emoção! É surreal”.
Rosa, empregada doméstica e mãe de sete filhos, sempre acreditou no potencial de Rebeca e fez sacrifícios inimagináveis para apoiar a carreira da filha. A decisão de deixar Rebeca seguir seus sonhos aos 9 anos foi criticada por muitos, mas Rosa estava determinada.
A trajetória de Rebeca também foi marcada pela inspiração que encontrou em Daiane dos Santos, primeira medalhista do Brasil em Mundiais da ginástica. Daiane e outras figuras proeminentes do esporte foram fundamentais para que Rebeca acreditasse em seu potencial.
Além dos desafios físicos, as lesões levaram Rebeca a momentos de dúvida sobre sua carreira. Rosa desempenhou um papel crucial como suporte emocional durante esses períodos difíceis, incentivando-a a não desistir e a entender o valor da persistência.
