Não tem como negar: ouvir um bebê tossindo pode deixar qualquer responsável com o coração na mão. E não é à toa! A tosse em bebês pode ter muitas causas diferentes, desde aquelas mais simples, como um resfriado leve, até questões mais sérias, como bronquiolite ou pneumonia. Por isso, saber identificar os sinais certos é fundamental para garantir o cuidado adequado e, claro, respirar mais aliviado também.
Quando é hora de correr para o médico?
A primeira dúvida que costuma surgir é: será que essa tosse precisa de atenção médica ou vai passar sozinha? Existem alguns sinais que indicam que é melhor não esperar. Se o bebê estiver com a respiração acelerada ou parecer estar com dificuldade para respirar, isso já é motivo suficiente para buscar ajuda.
Outros alertas importantes: chiado no peito, catarro com sangue ou com cor amarela ou esverdeada, febre acompanhada de abatimento, vômito após acessos de tosse, desânimo total (sem querer brincar ou só querendo dormir) e tosse súbita logo após engasgar com algo. E atenção redobrada com bebês que têm alguma condição de saúde pré-existente ou que nasceram prematuros. Nesse caso, o acompanhamento médico deve ser ainda mais rigoroso.
Aliás, se o bebê tiver menos de 4 meses e começar a tossir, vale procurar um pediatra logo na primeira semana. Já os maiores, acima de 4 meses, precisam de avaliação se a tosse persistir por mais de duas semanas, mesmo que o estado geral pareça bom.

Pode dar xarope? Melhor não arriscar
A resposta aqui é direta: nada de dar antigripal, descongestionante, xarope ou qualquer outro remédio por conta própria. Nem mesmo os “naturais” ou fitoterápicos. Só um médico pode indicar o que, quanto e quando o bebê pode tomar. Até mesmo os broncodilatadores, geralmente usados por inalação, precisam de prescrição específica. Doses erradas, mesmo de medicamentos considerados inofensivos, podem trazer riscos sérios à saúde.
Causas mais comuns da tosse em bebês
Agora que você já sabe quando ligar o alerta, chegou a hora de entender o que pode estar por trás da tosse do seu bebê. Abaixo, estão as causas mais frequentes:
- Resfriado: geralmente vem com nariz entupido, olhos lacrimejantes, espirros, falta de apetite e febre baixa. A tosse costuma aparecer no final do quadro.
- Bronquiolite: começa como um resfriado, mas pode evoluir com dificuldade para respirar e chiado no peito.
- Coqueluche: aquela tosse persistente e intensa que pode vir com um som parecido a um guincho, embora em bebês esse som nem sempre apareça.
- Alergias e asma: coriza constante, tosse noturna, chiado e congestão no peito são sinais comuns.
- Fatores ambientais: fumaça de cigarro, poluição, produtos químicos e perfumes fortes também podem provocar irritação e tosse.
- Pneumonia: costuma começar como um resfriado, mas piora com febre, dores, arrepios e tosse persistente.
- Laringite: a tosse tem um som bem característico, parecido com latido de cachorro. Surge principalmente à noite.
- Objeto inalado ou engolido: se a tosse começa do nada e sem outros sintomas, pode ser que o bebê tenha inalado algum objeto. Aqui, a atenção deve ser imediata.
- Refluxo gastroesofágico: a tosse aparece mais à noite e após as mamadas, por conta da volta do leite até a garganta.
- Fibrose cística: doença crônica e hereditária, que pode causar tosse com catarro grosso, infecções recorrentes e dificuldade de ganhar peso.
E quando a tosse não vai embora?
A tosse pode ser teimosa mesmo. Muitas vezes, ela é o último sintoma a dar tchau depois que o corpo se recupera de uma gripe ou infecção respiratória. Mas ela tem uma função importante: ajudar a eliminar secreções e limpar as vias aéreas. Por isso, com diagnóstico certo e os cuidados adequados, o jeito é ter paciência. E claro, seguir as orientações médicas à risca.