As atrizes Claudia Raia e Heloisa Périssé participaram de uma conversa descontraída no Pod Delas, publicada no Instagram nesta quinta-feira (7), onde abordaram um tema atual e polêmico: os “nepobabies”, filhos de famosos que seguem carreira artística. Com bom humor e sinceridade, ambas refletiram sobre até onde vai o papel dos pais no sucesso profissional dos filhos.
O que significa ser mãe de um “nepobaby”?
Durante o bate-papo, Claudia Raia destacou que, apesar de ter dado suporte aos filhos Enzo Celulari e Sophia Raia, frutos do relacionamento com Edson Celulari, ela acredita que o caminho de cada um deve ser construído com autenticidade.
Segundo a atriz, “nepobaby tem essas coisas incríveis como Fernanda Torres que vira essa gênia, com uma carreira completamente diferente da Fernandona [Fernanda Montenegro]”. Ela pontuou que, mesmo com uma mão amiga, cada filho precisa trilhar sua própria jornada. “A gente vai até o ponto deles escolherem o caminho deles, porque isso a gente não pode interferir”, afirmou Claudia.
Ela ainda completou com uma reflexão pessoal: “A gente, com esse protagonismo todo, quando é mãe, tem que aprender a ser coadjuvante”.
Heloisa Périssé reforça a importância da vocação
Heloisa, mãe da atriz Luisa Périssé, conhecida recentemente pelo sucesso do “Trap do Trepa Trepa”, e da cantora Tomtom, também compartilhou sua visão sobre o assunto. Para ela, não basta abrir portas: é preciso que o filho esteja preparado para passar por elas.
“Mesmo que você pegue seu filho e bote na cara do gol, tem gente que não faz porque não é para ser”, opinou. A atriz destacou que herança ou fama não garantem sucesso. “Não adianta passar um império para o filho. Se ele não tem estrutura e vocação, ele não vai fazer nada com aquilo”, completou.
Fama pode ajudar, mas não sustenta
Ambas as atrizes concordaram que a visibilidade familiar pode ser um ponto de partida, mas não é garantia de permanência no meio artístico. O talento, o esforço e a paixão pelo que se faz continuam sendo os maiores responsáveis por construir uma carreira sólida.
O reconhecimento do próprio mérito é fundamental, segundo elas, especialmente em um meio onde o público rapidamente percebe quem tem conteúdo real e quem depende apenas do sobrenome.

Papel dos pais: apoio sem controle
A conversa também abordou um ponto delicado: a linha tênue entre incentivar e comandar. Para Claudia Raia e Heloisa, o verdadeiro apoio está em orientar, sem tirar do filho o direito de escolha e autonomia.
Elas ressaltaram que, apesar do desejo de ver os filhos brilharem, é preciso entender o momento de sair de cena e permitir que eles assumam o protagonismo das próprias vidas — com acertos, erros e aprendizados.